Quanto às festas do Santo Cristo, celebração religiosa que atrai até São Miguel milhares de pessoas, particularmente emigrantes nos Estados Unidos e Canadá, Humberto Pavão disse que “ainda não há registo de cancelamentos”, mas os empresários do setor aguardam “apreensivos”.
“Estamos com receio, porque se vier algum cancelamento vai ser em massa, porque estas viagens são feitas em grupo”, explicou, criticando a opção dos sindicatos por agendarem a greve para coincidir com dois eventos “importantes” para “recuperar” da baixa taxa de ocupação que as unidades hoteleiras têm registado.
O responsável frisou que entre os empresários do ramo há “um receio quanto ao futuro”, porque temem que essa paralisação possa “desencadear outras”, nomeadamente no verão, “caso não seja alcançado um acordo”.
“Andamos todo o ano a promover o destino para depois acontecer coisas destas”, reforçou.
Humberto Pavão frisou que em causa estão “duas realidades completamente diferentes” e “duas companhias diferentes”, SATA e TAP.
“O que estão a reivindicar foi uma medida aplicada à TAP. São duas realidades completamente diferentes. Duas companhias completamente diferentes. Não estamos a ver por que razão uma empresa tem um regime e a outra obrigatoriamente também tem de ter”, considerou, alegando que a SATA teria de “cometer uma ilegalidade para fazer face a essa compensação”.
Lusa