Na quinta-feira, os controladores aéreos voltam a cumprir uma greve que abrange três períodos: entre as 7:00 e as 9:00, as 14:00 e as 16:00 e as 21:00 e as 23:00 (hora de Lisboa).
Esta paralisação vai obrigar a TAP a cancelar 43 voos e antecipar 32, disse hoje à Lusa fonte da transportadora.
Já a ANA, gestora dos aeroportos, prevê que a greve afete 201 voos na quinta-feira: 82 no aeroporto de Lisboa, 37 no Porto, 35 nos Açores, 33 em Faro e 14 na Madeira.
Os trabalhadores da NAV – Navegação Aérea de Portugal voltam a parar na sexta-feira, nos mesmos períodos.
Para o mesmo dia está prevista uma greve anunciada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), que abrange um conjunto de empresas do setor, excetuando a empresa de assistência em terra Groundforce, para contestar o incumprimento dos Acordos de Empresa.
A paralisação abrange todos os estabelecimentos da NAV Portugal, o grupo ANA, a ANAM – Aeroporto da Madeira, a Portway, o grupo TAP, as lojas francas, a UCS – Cuidados Integrados de Saúde, a PGA, a Megassis (empresa de engenharia informática do grupo TAP), a SATA Açores, a SATA Internacional e a SATA Gestão de Aeródromos.
A greve abrangerá as 24:00 de sexta-feira, bem como os períodos entre as 20:30 e as 24:00 de quinta-feira e a meia-noite e as 03:00 de sábado para os trabalhadores que comecem ou terminem o seu horário de trabalho nestes dois períodos.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da NAV – Navegação Aérea de Portugal – avançaram para a greve para contestar a “continuada” ausência de respostas do Governo para a situação de “instabilidade social sem paralelo” na empresa.
As estruturas sindicais alegam estar há mais de um ano a chamar a atenção dos governantes para “o prejuízo” das medidas orçamentais em vigor para os funcionários, a empresa e o país.
Já o SITAVA avançou para a greve “contra o não cumprimento dos Acordos de Empresa e o esbulho dos rendimentos, designadamente os subsídio de férias e de Natal, o trabalho suplementar, as anuidades/diuturnidades”.
O SITAVA contesta também as privatizações da TAP e da ANA, afirmando que, caso sejam concretizadas, terão como consequência “a perda direta de receitas para os cofres do Estado e o risco de extinção de centenas ou mesmo milhares de postos de trabalho”.
Lusa