Gripe suína centra as atenções nos aeroportos de todo o mundo

aviao“Aqui nos Açores, se tivermos algum caso de gripe suína, será via Portugal continental e não Base das Lajes”, afirmou o secretário regional da Saúde, Miguel Correia, no mesmo dia em que a Organização Mundial de Saúde decidiu elevar o nível de alerta de 3 para 4.

 

Para o governante açoriano, a probabilidade da gripe suína chegar aos Açores pela Base das Lajes, Terceira, “é muito mais reduzida” dado que as normas dos planos de segurança da base portuguesa, onde está instalado um destacamento norte-americano, são “muito rígidas”.

Miguel Correia é de opinião que o aeroporto de Lisboa apresenta maior probabilidade de vir a receber passageiros portadores do vírus pela sua ligação às zonas afectadas, e a probabilidade da gripe suína chegar aos Açores “é maior através dos voos domésticos do continente para as ilhas do que via Base das Lajes”.

Os passageiros que chegarem aos aeroportos açorianos têm ao seu dispor panfletos informativos, em português, inglês e francês, onde consta o número de telefone da linha Saúde 24 (808242424), a par de uma linha telefónica regional (808246024), essa última que conta com o apoio de enfermeiros da Protecção Civil, na Terceira.

O Comando da Zona Aérea dos Açores assegurou que efectuou “todas as diligências recomendadas” pela Organização Mundial de Saúde e União Europeia, tendo ainda estabelecido contacto com os médicos do destacamento americano das Lajes.

“Nas situações de emergência técnica ou médica a passageiros de aeronaves acometidos de doença súbita que demandem a Base Aérea nº4 em busca de assistência, será implementado o plano de contingência previsto” adiantou. As entidades regionais e nacionais de saúde garantem que, até ao momento, “não existem” casos de gripe suína, mas alertam que os viajantes com destino aos Estados Unidos e ao México devem ter em atenção eventuais riscos de adquirir a doença, pelo que deverão adoptar medidas de higiene individual.

 Lavar frequentemente as mãos e cobrir a boca e o nariz quando espirrar ou tossir, usando lenço de papel sempre que possível, são alguns dos conselhos.

No mesmo sentido, os viajantes são aconselhados, no regresso das zonas atingidas pela doença, caso apresentem sintomas gripais, a contactar o médico ou os serviços de saúde. Para além das questões de saúde a gripe suína tem implicações na economia mundial.

 O transporte aéreo já está a ser afectado pela propagação da epidemia de gripe suína, admite a Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA), que representa 230 companhias, ou seja 93% do tráfego aéreo internacional, fora as companhias de baixo custo.

 Entretanto, a subir está a cotação em bolsa e o volume de negócios de certos empresas, tais como os laboratórios, fabricantes de máscaras e luvas esterilizadas.

A gripe suína continua a propagar-se tendo Israel ontem confirmado dois casos, depois dos anunciados no México, Estados Unidos, Canadá, Escócia, Nova Zelândia, Espanha, França, Reino Unido, e Coreia do Sul. Contudo, apenas no México, onde a epidemia começou, há a registar 152 mortes, dos quais 20 são casos confirmados de gripe suína.

“Numa época em que as pessoas viajam pelo mundo, muito rapidamente, de avião, não há qualquer região onde o vírus não possa chegar”, alertou, em Genebra, o vice-presidente da OMS, Keiji Fukuda.

Pedro Lagarto (in AO)

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