Habitantes do Corvo pedem ao Governo dos Açores para concretiza​r ampliação do porto

O Conselho de Ilha do Corvo pediu hoje ao Governo dos Açores para prosseguir com o projeto de ampliação do porto local, tendo o executivo prometido que a obra será concluída nesta legislatura, que termina em 2016.
Esta foi a maior preocupação manifestada pelo Conselho de Ilha na reunião que teve com o Governo Regional, em Vila Nova do Corvo, no âmbito da visita estatutária do executivo açoriano, que começou hoje e termina na sexta-feira.
Durante a reunião, o secretário Regional dos Transportes, Vítor Fraga, e o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, comprometeram-se a prosseguir com os estudos para concretização do projeto, que deverão ficar concluídos este ano.
Vasco Cordeiro sublinhou não poder garantir quando começam as obras, mas disse que mantém a promessa da sua conclusão até 2016.
Em declarações aos jornalistas no final da reunião, o presidente do Governo açoriano explicou que estão em causa, sobretudo, “questões relacionadas com a operacionalidade e segurança” do porto.
“A preocupação do Governo Regional é evitar que a ilha do Corvo fique, como tem acontecido, isolada e sujeita a escassez de recursos e rutura de alguns bens essenciais” no inverno, por causa do mau tempo, afirmou Vasco Cordeiro, para explicar o objetivo desta intervenção no porto corvino.
Segundo Vítor Fraga explicou aos conselheiros do Corvo, o projeto visa aumentar o cais em 40 metros e alargar a plataforma de estacionamento.
O presidente do Conselho de Ilha, Fernando Ferreira, por seu turno, disse aos jornalistas que essa é a grande “prioridade” dos habitantes da ilha e congratulou-se com o “empenho do Governo Regional em dar sequência a esse projeto”.
O Conselho de Ilha pediu ainda mais ligações aéreas, mas neste caso Vítor Fraga explicou que a oferta existente de voos já é muito superior à procura, garantindo que, em média, há quatro passageiros em cada percurso entre as Flores e o Corvo.
Sobre esta questão, o presidente do Conselho de Ilha disse que os corvinos sabem que a taxa de ocupação dos voos é o seu “grande inimigo” e que não têm “poder reivindicativo” nesta matéria.
Os conselheiros pediram ainda para serem mantidas as deslocações periódicas de especialistas médicos ao Corvo.
Neste caso, o secretário regional da Saúde respondeu que as idas de especialistas às ilhas têm de ser reavaliada em termos de racionalidade, mas que, quando o único médico que está no Corvo identificar essa necessidade, haverá uma resposta.
O deputado no parlamento regional Paulo Estêvão, do PPM, que faz parte do Conselho de Ilha do Corvo, alertou que o lar de idosos está todo ocupado, um problema que poderá crescer nos próximos anos por a população da ilha estar envelhecida.
A secretária regional da Solidariedade Social, Piedade Lalanda, revelou que o projeto de ampliação e remodelação do lar de Vila do Corvo arrancará este ano e a obra ficará concluída no final da legislatura.
O Governo dos Açores garantiu ainda que o projeto Corvo Sustentável, que visa, entre outras coisas, dotar a ilha de painéis solares para diminuir a dependência de abastecimento com gás de garrafa, que é caro e, no inverno, difícil, será cumprido na totalidade, depois de Paulo Estêvão ter dito que há já atrasos no calendário divulgado inicialmente para a sua concretização.
Os conselhos de ilha são órgãos consultivos que integram os presidentes das câmaras e das assembleias municipais, deputados das assembleias municipais e representantes de associações e movimentos sindicais, empresariais e agrícolas de cada ilha dos Açores.

 

Lusa

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