A directora clínica do Hospital de Angra do Heroísmo frisou que esta equipa “é accionada sempre que solicitado e desde que o utente concorde”.
Recentemente, o Provedor de Justiça pediu ao Conselho de Administração do Hospital de Angra do Heroísmo informação actualizada sobre o funcionamento da equipa de acompanhamento de utentes afectados por acontecimentos graves e dolorosos.
O pedido de Alfredo de Sousa, divulgado numa nota da Provedoria de Justiça datada de 10 de Março, surgiu na sequência de um incidente que terá ocorrido a 4 de Fevereiro naquela unidade hospitalar envolvendo uma mulher grávida de 28 semanas.
Numa consulta de rotina, a mulher terá sido informada de que o feto estava morto e mandada para casa para esperar pelo parto, sem qualquer apoio psicológico.
Relativamente a este caso concreto, Lurdes Dias disse que a doente entendeu na altura que “não necessitava de apoio”.
A directora clínica salientou que a administração do hospital decidiu a 3 de Março de 2004 criar uma equipa multidisciplinar para acompanhar os utentes e familiares que necessitem de apoio psicológico.
“Ficou estabelecido que não era necessário criar um novo serviço, mas acionar os meios quando fossem solicitados e assim tem sido”, afirmou Lurdes Dias, assegurando que “muitos utentes” recorrem ao apoio que é disponibilizado pelo hospital.