A directora da unidade de cuidados intensivos polivalentes do Hospital de Santo António disse esta quinta-feira que o doente internado na unidade de saúde do Porto morreu com “infecção bacteriana” e não por infecção com o vírus da gripe A.
Irene Aragão confirmou que o doente que morreu quarta-feira teve contacto com o vírus H1N1, mas realçou que, quando aquele deu entrada no hospital não tinha qualquer sintoma que pudesse ser associado à gripe A.
“Afirmar que ele morreu por gripe A seria muito exagerado”, corroborou o secretário de Estado da Saúde, Manuel Pizarro, presente na mesma conferência de imprensa.
No serviço do Hospital de Santo António onde o doente – de 41 anos, com transplante renal há 14 anos e em rejeição do órgão, e que tinha uma infecção abdominal de origem bacteriana – esteve internado registaram-se dois casos de gripe: um de um doente e outro de uma enfermeira, mas esta não chegou a contactar com o doente que entretanto morreu, indicou Irene Aragão.
Dia 03 de Setembro, o doente em causa foi internado no Hospital de Santo António, na sequência de um quadro de infecção com pneumonia, com prognóstico reservado.
Por precaução, acrescentou a responsável clínica, foram realizados exames laboratoriais e constatou-se que o doente tinha “serologia positiva”, ou seja, que estava em contacto com o vírus.
Mais de 2200 novos casos de síndrome gripal foram diagnosticados entre 14 e 20 de Setembro, dos quais duas dezenas resultaram em hospitalizações, segundo o Ministério da Saúde.
Dos 20 doentes hospitalizados, oito estiveram em unidades de cuidados intensivos, sendo que cinco estavam internados na semana anterior.
Lusa