ICA promove Portugal como destino de filmagens no festival de cinema de Berlim

cinemaO Instituto do Cinema e Audiovisual (ICA) apresenta hoje, no Festival de Cinema de Berlim, um programa de incentivos fiscais para que mais produtores e realizadores estrangeiros filmem em Portugal, com contrapartidas fiscais.

O ICA quer dar a conhecer, no plano internacional, um incentivo fiscal que pretende atrair mais produções estrangeiras para Portugal, dando mais-valias às produtoras em termos de crédito fiscal.

Este incentivo “coloca Portugal numa posição muito competitiva face a outros países que têm vindo a captar a produção de grandes obras cinematográficas precisamente pela oferta de condições financeiras vantajosas”, disse à agência Lusa a presidente do conselho diretivo do ICA, Filomena Serras Pereira.

Em Berlim, o ICA tem por objetivo apresentar a campanha “Pic Portugal”, para promover o país como “destino de grandes produções cinematográficas, enfatizando a diversidade cultural, paisagística ‘ao virar da esquina’, onde tudo é próximo e possível, a excecionalidade do clima e as muitas horas de luz natural (essencial neste setor)”, sustentou Filomena Serras Pereira.

A sessão de apresentação tem início às 10:00, no The Mirror, no Martin Gropius Bau onde se encontra o ‘stand’ do ICA, no Mercado Europeu do Filme de Berlim, que acontece em paralelo com o festival.

Em dezembro passado, o Governo aprovou um decreto-lei que prevê que produtoras estrangeiras tenham um crédito fiscal se quiserem trabalhar em Portugal. Esse crédito fiscal traduz-se numa dedução à coleta do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), que é apurada sobre as despesas da produção cinematográfica, igual ou superior a um milhão de euros.

O programa abrange “obras cinematográficas de iniciativa estrangeira realizadas com produtores nacionais ou com produtor executivo nacional, obras em coprodução internacional e também obras de produção nacional”, lê-se no decreto-lei.

O “teto máximo de crédito fiscal a atribuir anualmente” é de sete milhões de euros em 2017, 10 milhões de euros em 2018 e de 12 milhões de euros a partir de 2019.

“Até ao presente, Portugal, embora dotado de condições naturais excecionais para a rodagem de qualquer tipo de cinematografia, encontrava-se em desvantagem por não oferecer qualquer tipo de incentivo financeiro”, recordou Filomena Serras Pereira.

O decreto-lei com incentivos fiscais à produção estrangeira foi aprovado pelo Governo, em dezembro, e promulgado a 02 de fevereiro pelo Presidente da República, aguardando agora publicação em Diário da República para posterior entrada em vigor.

 

Lusa

Pub

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here