“O último acidente participado data de abril de 2008 e envolveu uma viatura da GNR com uma particular, de que resultaram apenas danos materiais”, revelou à Lusa fonte da GNR da vizinha ilha das Flores, sublinhando que a sinistralidade no Corvo “é reduzida”.
Na mais pequena ilha açoriana, onde vivem menos de 500 pessoas, existem cerca de uma centena de viaturas, entre veículos particulares e de organismos oficiais.
A ilha, com uma área de 17 quilómetros quadrados, tem uma rede de estradas com cerca de 10 quilómetros, a que se deve acrescentar as ruas do interior da vila.
A pequena vila é, segundo Manuel Rita, presidente da Câmara do Corvo, o local “onde se anda mais depressa de carro”, mas, mesmo assim, o autarca garantiu que os condutores locais “não têm o pé pesado”.
“Aqui (na vila) é onde se anda mais depressa de carro, mas a velocidade é reduzida, até porque as ruas não têm dimensão para grandes velocidades”, afirmou, em declarações à Lusa.
Talvez por isso, também não há memória recente de um acidente de viação muito grave no Corvo, onde o ritmo da vida não se coaduna com grandes velocidades.
“O acidente mais grave ocorreu em 1997, foi o atropelamento de um jovem com cerca de 30 anos”, recordou Manuel Rita, que não se lembra nos últimos dois anos de ter ouvido falar de qualquer acidente que implicasse a intervenção da GNR, que tem um posto com dois elementos no Corvo.
“A sinistralidade é muito reduzida, o que também resulta da nossa dimensão”, frisou.
“Somos uma freguesia de Trás-os-Montes à beira mar”, gracejou o autarca, numa referência às dimensões e ao isolamento da pequena ilha açoriana.
A verdade é que, pela reduzida sinistralidade ou por qualquer outra razão, no Corvo não existe uma única oficina de chapeiro de automóveis.
“Temos duas pessoas que vão arranjando os problemas que aparecem nos automóveis, mas, se o caso for mais grave, os carros vão para as Flores”, afirmou Manuel Rita.