“A recolha seletiva estava já implementada na ilha, mas não na modalidade de porta-a-porta. Atendendo a que as taxas de recolha seletiva não são consideradas satisfatórias, temos de reestruturar este modelo integrado de gestão de resíduos”, disse hoje o presidente da Associação de Municípios da Ilha do Pico, Mark Silveira, recentemente eleito.
A Associação de Municípios reúne as três autarquias da ilha, Lajes, Madalena e São Roque.
Em declarações à Lusa, Mark Silveira, que é também o presidente da Câmara de São Roque do Pico, referiu que o projeto de recolha de porta-a-porta “será implementado por etapas e o modelo será ajustado consoante as necessidades e em função dos resultados obtidos”.
“Entendemos que com este tipo de recolha vamos obter muito melhores resultados em termos da taxa de resíduos recicláveis recolhidos e o sistema irá sensibilizar muito mais os habitantes”, declarou, referindo que a iniciativa contempla a aquisição de três novos camiões de recolha.
Por outro lado, serão adquiridas unidades contentorizadas individuais, a distribuir por cada domicílio, num investimento de cerca de um milhão de euros que a associação pretende candidatar a fundos comunitários para a comparticipação.
O Pico tem cerca de 15 mil habitantes e, segundo o presidente da Associação de Municípios, a recolha deverá abranger as cerca de cinco mil habitações da ilha.
Mark Silveira adiantou também que a associação vai iniciar uma campanha de desratização em zonas urbanas da ilha.
Outro dos objetivos do recém-eleito presidente da associação passa pela “aquisição de uma viatura específica para emergência pré-hospitalar com suporte imediato de vida”, sendo que a sua utilização deverá ser protocolada com o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores.
O Pico já tem uma viatura semelhante, mas carece de mais um equipamento destes atendendo a dimensão da ilha, a segunda maior em área depois de São Miguel.
Mark Silveira garantiu ainda que o organismo “estará sempre atento às questões de acessibilidade e transportes aéreos e marítimos” para a ilha, uma das cinco que fazem parte do grupo central do arquipélago.
Lusa