Incidência da paralisia cerebral vai ser estudada na Região

criancas-saudeA Secretaria Regional da Saúde está a proceder a um inquérito junto das unidades do Serviço Regional de Saúde e dos profissionais de saúde desta área, para avaliar a prevalência da paralisia cerebral na Região Autónoma dos Açores e a sua distribuição geográfica.

 

No discurso proferido na sessão de abertura das Jornadas de Reflexão da Paralisia Cerebral, Miguel Correia disse que os resultados desse inquérito permitirão encontrar respostas mais adequadas a esta problemática.
Faz parte das preocupações do Governo, frisou o secretário da Saúde citado pelo Gabinete de Apoio à Comunicação Social (GaCS) do Governo Regional, “criar melhores condições de acesso, a todos os níveis, dando particular atenção aos grupos populacionais com necessidades especiais”.
Tal acesso, disse Miguel Correia, configura-se em melhores ajudas técnicas, em tratamentos de fisioterapia mais eficientes, em novas terapias ocupacionais e sobretudo numa adequação dos serviços sociais, educativos e de saúde às necessidades das pessoas com paralisia cerebral.
Mas para além do acesso, alertou o titular regional da Saúde, há que pensar na acessibilidade. “Promover hoje a acessibilidade é conviver com as diferenças e promover o exercício pleno da cidadania e será um dos factores a ter em conta na partilha e na concepção do espaço público das nossas cidades”, concluiu Miguel Correia.
O secretário da Saúde, disse estar convicto de que sairão destas jornadas ensinamentos e ajudas que muito poderão apoiar quem aos vários níveis vive de perto esta problemática, seja por parte dos familiares, dos profissionais de saúde ou educadores.
As estatísticas mostram que, nos países desenvolvidos, a taxa de incidência de paralisia cerebral é de 2 por cada 1000 nascimentos, sendo maior nos bebés do sexo masculino.
Nos Açores, estima-se que nasçam todos os anos cinco a seis crianças afectadas.

 

Confiança nas associações

A presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada afirmou por sua vez ter “uma grande confiança no contributo que os cidadãos e as suas associações têm vindo a prestar para a causa da inclusão social no nosso concelho e uma certeza ainda maior no papel que o futuro lhes reserva.”
Para a autarca “as várias instituições de solidariedade e as centenas de voluntários que actuam junto dos mais vulneráveis são a melhor prova de que somos uma realidade cultural solidária e que não estamos indiferentes aos que precisam de nós”.
No entender de Berta Cabral, “os novos desafios e as novas oportunidades para a pessoa com paralisia cerebral passam por novos mecanismos e novas formas de inclusão social. (…) Ela trata do respeito às diferenças, dos direitos e da participação igualitária dos cidadãos”.
A presidente da Câmara disse ainda que Ponta Delgada tem vindo a adoptar uma política de inclusão, através da criação de oportunidades e do combate à resignação.

 
As Jornadas de Reflexão da Paralisia Cerebral, que decorreram ao longo do dia de ontem em Ponta Delgada na Biblioteca Pública, são uma iniciativa da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel.

 

 

Olímpia Granada (in AO)

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