O Benfica venceu o Marítimo, por 2-0, no Estádio da Luz com uma exibição colectivamente frouxa, na qual a diferença acabou por ser feita pelas individualidades, em jogo da primeira jornada da Taça da Liga em futebol.
Tal como prometera, o treinador do Benfica, Jorge Jesus, acabou por dar oportunidade a alguns jogadores menos rodados, incluindo quatro deles no onze inicial, Moreira, Fábio Faria, Airton e Kardec.
O Marítimo entrou solto e atrevido e surpreendeu um Benfica muito preso de movimentos e sem fluidez de jogo, criando duas boas oportunidades de golo no primeiro quarto de hora, aos 5 e aos 13 minutos, com Babá e Tchô a cabecearem à figura de Moreira.
Neste período, o Benfica, detentor do troféu, só respondera através de uma “explosão” de Sálvio à linha, mas Kardec chegou atrasado ao cruzamento.
Decorria o minuto 24 quando o lateral esquerdo insular meteu uma bola de longa distância disparatada nos pés de Airton, proporcionando um lance de contra-ataque ao Benfica, e pior do que isso não recuperando a posição, abrindo um corredor para Salvio com um pontapé cruzado abrir o marcador.
O Marítimo não alterou a postura atrevida, continuou a jogar no campo todo, mas a revelar debilidade na última fase de construção de jogo, muito por culpa da lentidão dos médios interiores Tchô e Sidnei, incapazes de “esticar” o jogo até à área e “alimentar” duas “setas” no ataque como são Djalma e Babá.
No entanto, seria o Benfica, a jogar de forma desgarrada e muito à base de iniciativas individuais, até do menor conhecimento entre os titulares e os menos rodados, a chegar ao segundo golo, aos 39 minutos, desta vez pelo flanco de Ricardo Esteves, – os dois laterais do Marítimo são o ponto débil da equipa – de autoria de Saviola.
Na segunda parte, o treinador do Marítimo Pedro Martins decidiu arriscar, trocando aos 52 minutos Tchô pelo ponta de lança Cherrad, redefinindo as posições no ataque, derivando Babá do meio para a ala, abrindo um frente atacante mais assumida de três unidades.
Todavia, a equipa insular não ganhou com esta alteração acutilância e eficácia ofensiva no último terço do campo, enquanto o Benfica, com o “pássaro na mão”, limitou-se a gerir.
Dado sintomático, o facto do Marítimo ter sido incapaz de criar uma verdadeira oportunidade de golo durante toda a segunda parte, com excepção de um remate de Cherrad à barra já em período de compensações.