A Secretária Regional da Energia, Ambiente e Turismo assegurou esta quarta-feira, em São Jorge, que o protocolo entre a Região e a EDA marca o início do processo de eletrificação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, enquanto obra “ao serviço” dos Jorgenses e de todos os que visitam esta ilha, salientando que “estão criadas as condições para que se possa avançar com o projeto, sem que se comprometa o património ambiental”.
“Estamos perante a realização de uma ambição dos Jorgenses, que será agora implementada através da melhor solução técnica possível para um espaço ambientalmente sensível e que, como é sabido, é um dos principais pontos turísticos, não só desta ilha, mas dos Açores”, salientou Marta Guerreiro na assinatura do protocolo entre a Região e a EDA, que contou com a presença do Presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro.
A titular da pasta da Energia afirmou que o processo para a eletrificação daquela fajã “mereceu um trabalho cuidado por parte do Governo, com base em critérios rigorosos de salvaguarda” do valioso património ambiental, minimizando os impactos em vários domínios.
“Com este protocolo para a eletrificação da zona da Fajã da Caldeira de Santo Cristo, que representa um investimento de cerca de 1,3 milhões de euros, ficam criadas todas as condições para a concretização do concurso público para esta obra, com uma duração máxima prevista de 24 meses, prazo que resulta, naturalmente, das desafiantes condições das acessibilidades do local”, frisou.
Marta Guerreiro salientou que a solução mais viável do ponto de vista técnico e financeiro “prevê o estabelecimento da rede de distribuição em baixa tensão, totalmente subterrânea, através da concessionária regional, com uma extensão aproximada de 4,5 quilómetros ao longo do trilho que liga as fajãs dos Cubres e de Santo Cristo, permitindo a eletrificação, tanto das moradias e de outros edifícios existentes, como daqueles que resultem da reabilitação do património”.
“Para além disso, fica também incluída a construção de infraestruturas subterrâneas para a alimentação, em baixa tensão, da Fajã dos Tijolos, a partir do novo Posto de Transformação da Fajã da Caldeira de Santo Cristo”, acrescentou.
De acordo com a Secretária Regional, esta é uma solução que “acautela as especificidades do meio envolvente, onde foram tidas em conta as recomendações e orientações do parecer sobre a estabilidade de algumas zonas do trilho entre a Fajã dos Cubres e a Fajã da Caldeira de Santo Cristo, elaborado pelo Laboratório Regional de Engenharia Civil”.
Marta Guerreiro, que também tutela a pasta do Turismo, salientou que este investimento para a eletrificação, assente na sustentabilidade do turismo e na preservação ambiental, “vem provar que é possível a uma Região, simultaneamente, crescer ao nível turístico e manter a sua identidade e as suas condições naturais e ambientais, que são o seu principal produto turístico”.
Na sua intervenção, Marta Guerreiro adiantou ainda que, até ao final do primeiro semestre de 2019, serão implementados Planos de Gestão dos Parques Naturais de Ilha e que estão a ser elaborados Planos de Ação para cada uma das Reservas da Biosfera, que, no caso concreto da ilha de São Jorge, “vai integrar o Programa Integrado de Desenvolvimento das Fajãs, enquanto instrumento que favorece as condições sociais, económicas e culturais essenciais à viabilidade do seu desenvolvimento sustentável”.
Açores 24Horas / Gacs