“Se for para trocar apenas ‘jobs for the boys’ por ‘jobs for the boys’, ou seja, se for para trocar apenas algumas carinhas no Governo ou na administração pública regional, sem um sentido de reformá-la, de reformar todo o paradigma de governação nos Açores, não há nenhum partido que possa ficar à espera de acordos com a Iniciativa Liberal”, afirmou hoje Nuno Barata à agência Lusa.
O líder regional da Iniciativa Liberal, que foi eleito para o parlamento açoriano, falava à Lusa depois de ter sido conhecido um princípio de acordo para a formação de um governo na região resultante das eleições do dia 25 de outubro entre o PSD, o CDS e o PPM.
Em conferência de imprensa conjunta com Artur Lima, do CDS, e Paulo Estêvão, do PPM, José Manuel Bolieiro, líder do PSD/Açores, anunciou uma “proposta de governação profundamente autonómica”, um “governo dos Açores para os Açores” e com “total respeito e compreensão pela pluralidade representativa do povo”.
Sobre o anúncio, o liberal adiantou que “aguardava, com alguma ansiedade, até, uma declaração com mais energia, com verdadeira vontade de resolver os problemas dos açorianos” e reiterou que “a responsabilidade de apresentar uma proposta e um programa de governo é do Partido Socialista”.
“Só depois, numa impossibilidade de passar esse programa de governo, caberá ao PSD fazê-lo”, considerou, admitindo que acha “estranho que, neste momento, se estejam a ultrapassar prazos e formalismos que a democracia deve cumprir”.
“A Iniciativa Liberal foi abordada pelo PSD e pelo Partido Socialista”, disse ainda, mas Nuno Barata foi “eleito para ser oposição”, por isso, está disponível “para pensar soluções de viabilização de Governo”, desde que as ideias do partido “sejam plasmadas nesse programa de Governo”.
Lusa