Cinco equipamentos de controlo de velocidade vão ser instalados nos Açores, no âmbito da aposta do Governo da Região na prevenção e melhoria da segurança rodoviária através da educação cívica dos condutores.
O contrato para o fornecimento e instalação dos novos equipamentos em São Miguel e Terceira, ilhas que detêm 75 por cento do parque automóvel, foi assinado hoje, em Ponta Delgada, numa cerimónia presidida pelo secretário regional da Ciência, Tecnologia.
José Contente destacou, na ocasião, o forte investimento do Executivo em campanhas de sensibilização, reforço da sinalização e melhoria das estradas regionais, agora acrescentado da instalação de cinco cinemómetros-radar, três na estrada Regional de São Roque, em Ponta Delgada, e dois na Via Vitorino Nemésio.
“Para dar execução a esta prioridade, o Governo pretende incrementar, de forma integrada e multidisciplinar, medidas de diagnóstico e preconiza a execução de um conjunto de acções que permitam ir de encontro ao objectivo da contínua e consistente redução quantificada da sinistralidade rodoviária na Região Autónoma dos Açores”, acrescentou.
Os radares na Região fazem parte, numa primeira abordagem, de uma experiência piloto para o decréscimo do número de acidentes rodoviários, entendido como um aspecto global de segurança em pontos críticos das estradas regionais.
Com a sua instalação “o Governo Regional dá um novo e importante passo, alargando as medidas de actuação de forma a assegurar uma actuação mais eficaz, contribuindo para a contínua educação dos automobilistas e criação de um ambiente rodoviário seguro”, considerou.
O investimento, no valor de mais 320 mil euros, inclui também a instalação dos equipamentos necessários ao funcionamento dos Postos de Recepção, a funcionar nos Comando Regionais da PSP de Ponta Delgada e Angra do Heroísmo.
Segundo José Contente, o decréscimo da sinistralidade rodoviária registado nos últimos anos nos Açores tem sido uma importante batalha do Governo Regional.
Os números de 2007 e 2008 comprovam a efectiva diminuição, de sete por cento do número de acidentes, uma evolução que resultou da consciencialização dos condutores, mas também do forte investimento do executivo, referiu, indicando que só no ano passado foram investidos 1,8 milhões de euros na melhoria global das vias de comunicação regionais.
Da construção de novas vias e da melhoria das já existentes, para além de uma maior proximidade e comodidade aos utentes, resultaram, de igual modo, efeitos contraproducentes, “como o respectivo aumento da velocidade média praticada, também em resultado das melhorias tecnológicas introduzidas ao nível dos veículos”, disse, ao justificar a necessidade de uma vigilância constante a fim de introduzir comportamentos preventivos nos condutores.