A proliferação de espécies vegetais invasoras, mais do que a utilização dos solos, é “a maior ameaça actual à biodiversidade nos Açores”, disse hoje, no Porto Martins, ilha Terceira, o Secretário Regional do Ambiente e do Mar.
Álamo Meneses falava no decorrer de uma na acção de sensibilização para a erradicação do chorão na zona costeira daquela freguesia, integrada no Plano Regional de Erradicação e Controlo de Espécies da Flora Invasoras em Áreas Sensíveis (PRECEFIAS) promovido pelo Governo açoriano.
O governante, que em conjunto com as autoridades locais e voluntários – entre eles muitas crianças –, colaborou no arranque de chorões, numa considerável área, disse também que “essa é a grande luta que tem que ser travada, no sentido de manter espaço para que as endémicas possam continuar a existir”.
Sobre o trabalho que estava a ser feito naquele local neste Dia Mundial do Ambiente, Álamo Meneses referiu tratar-se de “uma acção sobre um dos habitats mais ameaçados no arquipélago” fortemente invadido por espécies trazidas “de outras zonas do planeta”.
A orla costeira do Porto Martins é um dos principais habitats da vidália (Azorina Vidalii), que é “o único género que é endémico dos Açores”, sublinhou o governante, acrescentando que, por isso, é um dos principais “símbolos da biodiversidade” no arquipélago.
Para além do chorão, estão identificadas e vão ser erradicadas da rocha do mar do Porto Martins, entre outras, as plantas invasoras chorão-baguinho-de-arroz, cana, erva confeiteira e silva-brava, que limitam a fixação da vidália, um pequeno arbusto costeiro com flores brancas ou rosa que encontra nas reentrâncias rochosas da orla costeira daquela freguesia condições ideias para o seu desenvolvimento.