“Não desistimos, estamos a fazer o melhor que sabemos e podemos, mas tem havido muitas dificuldades”, afirmou Luís Metelo em declarações à Lusa, assegurando que a empresa “continua empenhada na busca das melhores soluções para avançar”.
A ISOPOR apresentou em meados de janeiro de 2010 um projeto inovador na área da Medicina Nuclear, que envolve um investimento de 17 milhões de euros nos Açores e inclui a construção de uma fábrica de isótopos, que cobrirá as necessidades locais e permitirá exportar.
O projeto apresentado prevê que esta unidade de produção e distribuição de isótopos emissores de protões seja construída em Angra do Heroísmo, sendo responsável pelo abastecimento de dois centros de diagnóstico por imagem que serão criados em Angra do Heroísmo e em Ponta Delgada.
Na apresentação do projeto foi indicado que a unidade de Ponta Delgada poderia estar a funcionar em meados de 2010 e que a fábrica de isótopos estaria concluída em meados de 2011.
Na cerimónia, o presidente da Agência para a Promoção do Investimento dos Açores (APIA), Gualter Couto, salientou o “potencial” deste projeto enquanto “agente catalisador de desenvolvimento”, frisando que permitirá introduzir no arquipélago “tecnologia de ponta que não encontra paralelismo no país”.
Apesar disso, o projeto ainda não avançou, tendo Luís Metelo salientado que “ainda nem sequer foi definida a forma de atribuição do terreno” onde vai ser construída a fábrica, no Parque Tecnológico da Terceira.
O presidente da ISOPOR manifestou concordância com a ligação deste projeto ao parque tecnológico, salientando que a inovação que lhe está associada pode “atrair outras empresas”, mas lamentou os atrasos na definição das condições para avançar.
“Estamos de pedra e cal e a fazer alguma pressão para que as coisas cheguem a uma conclusão”, frisou, salientando que se trata de um investimento “demasiado grande” para permanecer na indefinição.
Luís Metelo recordou que “a população açoriana é a única do país que não tem acesso direto à Medicina Nuclear”, defendendo que o investimento que a sua empresa pretende fazer no arquipélago permitirá melhorar a “comodidade” dos doentes açorianos, mas também “diminuir as despesas” do executivo regional com a deslocação dos doentes para tratamento.
Lusa