Pouco após o início da contagem de votos, que começou hoje de manhã, o ministro disse à rádio nacional: “Penso que é bom para a Irlanda, porque acredito apaixonadamente que o nosso futuro se situa no seio da União Europeia”.
Os votos começaram a ser contados às 9:00 locais. Os primeiros resultados, ainda parciais, indicam que o “sim” poderá ganhar. Os resultados oficiais deverão ser conhecidos às 17:00 locais (mesma hora em Lisboa).
Uma sondagem à boca das urnas realizada junto de mil eleitores em 33 localidades do país revela que o “sim” deverá obter mais de 60 por cento.
O inquérito, realizado pelo Fine Gael, principal partido da oposição que defende o “sim” em concordância com o governo, apresenta um voto “maciço” a favor do Tratado na capital, Dublin, com quase 70 por cento de sufrágios favoráveis. No resto do país, o “sim” recolhe cerca de 60 por cento.
A 12 de Junho de 2008, 53,4% dos eleitores irlandeses “chumbaram” o Tratado Reformador das Instituições Europeias, ou Tratado de Lisboa, num primeiro referendo, impedindo a aplicação do texto, que só pode entrar em vigor depois de ratificado por todos os 27 Estados membros UE.
Além da Irlanda, o Tratado tem ainda de ser promulgado pelos presidentes da República Checa, Vaclav Klaus, e da Polónia, Lech Kaczynski.
Para assegurar a realização de uma segunda consulta – a Irlanda está constitucionalmente obrigada a referendar qualquer Tratado internacional -, os líderes europeus aceitaram dar garantias a Dublin sobre a manutenção da autonomia política interna em questões “sensíveis” para o eleitorado: neutralidade, fiscalidade, direitos laborais, aborto.
Lusa