O vice-presidente do PSD e presidente da Câmara de Ponta Delgada, José Manuel Bolieiro, anunciou esta quinta-feira a sua candidatura à liderança do PSD-Açores nas eleições agendadas para 14 de Dezembro.
“Sou candidato à liderança do PSD-Açores. Disponível, porque é mesmo preciso. Disponível, com vontade e garra. Saio da zona de conforto, candidato-me para fazer”, declarou Bolieiro, em conferência de imprensa na sede dos sociais-democratas açorianos, em Ponta Delgada.
Declarando que no PSD da região “todos são precisos”, Bolieiro compromete-se a “não atacar o carácter de ninguém”, procurando fazer “política dignificante” em prol da autonomia dos Açores. “O PSD-Açores vive um momento de fragilidade. É tempo de me colocar ao dispor dos militantes, na certeza do meu percurso feito e com a esperança de que podemos fazer melhor pelos Açores”, prosseguiu.
Bolieiro acrescentou ainda que o PSD do arquipélago tem nos próximos anos um período “particularmente exigente”, com eleições regionais em 2020 e autárquicas e presidenciais depois
“O PSD-Açores tem de se preparar para este ciclo político, para a democracia e para ser alternativa credível. Ser credor da confiança do povo. Os Açores precisam de uma mudança de políticas”, vincou.
O Conselho Regional do PSD-Açores marcou no fim de Outubro eleições internas no partido para 14 de Dezembro e um congresso regional para 17, 18 e 19 de Janeiro, sendo que nenhum militante avançou então formalmente com uma candidatura à liderança do partido.
“Este conselho regional foi para decidir marcar eleições directas para a liderança do partido, com o respectivo calendário, bem como o congresso. A seu tempo, depois, e com a decisão de candidaturas, sejam elas quais forem, serão comunicadas”, adiantou então aos jornalistas o presidente do conselho regional, precisamente José Manuel Bolieiro. Questionado nesse dia sobre se avançaria com uma candidatura, Bolieiro disse que “a seu tempo” revelaria a sua decisão.
O ainda líder do PSD-Açores, Alexandre Gaudêncio, também presidente da Câmara da Ribeira Grande, é alvo de uma investigação da Polícia Judiciária por suspeita de violação de regras de contratação pública, de urbanismo e ordenamento do território, e anunciou a sua demissão do cargo em 15 de Outubro, acrescentando que iria pedir eleições internas directas.
Pedro Nascimento Cabral, que há um ano disputou a liderança da estrutura regional do partido com Alexandre Gaudêncio, ainda não revelou se voltará a ser candidato. Contudo, Nascimento Cabral adiantou ser necessário o partido falar “a uma só voz” nas vésperas de regionais nos Açores, marcadas para 2020
Lusa