A associação dos jovens agricultores da ilha de S. Miguel manifestou hoje preocupação em relação a alguns aspetos do próximo quadro comunitário de apoio, como a extinção das reformas antecipadas, e os cortes nos apoios ao gasóleo agrícola.
“Sabemos que as reformas antecipadas serão extintas no próximo quadro comunitário, uma vez que só assim se cria espaço para outros entrarem. Para além disso, a preocupação com o corte nos combustíveis”, afirmou o presidente da Associação de Jovens Agricultores Micaelenses.
Hélio Carreiro falava no final de uma reunião com o secretário regional dos Recursos Naturais, Luís Neto Viveiros, a quem manifestou estas preocupações.
Segundo o presidente da Associação de Jovens Agricultores, todos os cortes ganham importância “numa altura de crise e num ano mau para o sector agrícola” e podem constituir entraves à entrada no sector, tal como a morosidade na avaliação de novos projetos.
“Os projetos à primeira instalação que estão inscritos, parte desses projetos, continuam parados. Sei que não entram mais porque o quadro comunitário está a findar [no final do ano] mas aqueles que lá estão, também é uma preocupação evidente que se façam acelerar os processos e que se resolvam porque há pessoas que se pretendem instalar e os processos estão suspensos em gabinete”, disse.
Neto Viveiros sublinhou que estas situações são normais em altura de transição entre quadros comunitários e que o Governo Regional dos Açores “está a fazer um esforço grande para se poder enquadrar os projetos de jovens agricultores bem como os associados às reformas antecipadas”, sendo que existem 40 pedidos de agricultores que o executivo espera poder resolver até ao final do ano.
O responsável pela pasta da agricultura nos Açores garantiu existirem medidas específicas para os jovens agricultores, como é o caso “do prémio à primeira instalação, que sofre um acréscimo significativo e cuja adaptação será regulada em diploma próprio para a Região Autónoma dos Açores”.
“Neste momento, são 35 mil euros, passará para 70 mil o prémio à primeira instalação e esse montante vai ser regulamentado em legislação própria para uma adaptação correta à nossa Região”, avançou Neto Viveiros
Lusa