Jovens das ilhas discutem em Bruxelas identidade e integração na União

Bruxelas acolhe entre quarta-feira e domingo um seminário sobre “as perspectivas dos jovens que vivem em ilhas da Europa”, como Açores e Madeira, para debater a identidade específica dos jovens insulares e a sua visão do projecto europeu.
Organizado pelas agências nacionais portuguesa, espanhola e francesa do Programa Juventude em Ação, este seminário, intitulado “The Youth of Europe’s Rocks”, é aberto aos jovens europeus que vivam numa ilha, sendo que quase 15 milhões de cidadãos europeus vivem em ilhas da União.

Segundo a Agência Nacional do Programa Juventude em Acção, o objectivo do seminário é desenvolver uma melhor compreensão das opiniões dos jovens que vivem em ilhas, sua identidade e visão da sua participação na União Europeia, reflectir sobre a existência ou não de uma identidade cultural específica destes jovens, e, por fim, encorajar e reforçar a participação destes jovens em projectos de cooperação e outros no âmbito do Programa Juventude em Acção.

De acordo com a organização, os participantes serão divididos em 33 grupos de ilhas, dois dos quais são os Açores e a Madeira.

Desde 2000 que se realizam com frequência encontros e seminários que visam reforçar a parceria entre as organizações de juventude dos diversos países europeus, muitas vezes centradas na questão da ultraperiferia.

Um dos propósitos destes seminários é fazer recomendações à Comissão Europeia no sentido de Bruxelas levar em linha de conta, na elaboração das suas politicas na área da juventude, a especificidade dos jovens que vivem em ilhas, especificidade cultural e identidade insular.

Fonte do gabinete da comissária europeia responsável pela Educação, Cultura, Multilinguismo e Juventude, Androulla Vassiliou, comentou à Lusa que a Comissão aplaude este género de iniciativas.

Vincando que obviamente os jovens que vivem nas ilhas da UE usufruem dos mesmos direitos e oportunidades de todos os outros a ter acesso aos mecanismos de apoio através de programas da UE na área da educação, formação e cultura, como o Programa Erasmus, por exemplo, a mesma fonte comunitária sublinhou que, de resto, a Comissão “encoraja-os mesmo” a fazerem uso desses direitos.

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