A Comissão de Representativa dos Trabalhadores (CRT) portugueses da Base das Lajes anunciou hoje que vai pedir novamente para ser recebida pelos ministros da Defesa ou dos Negócios Estrangeiros, porque está há seis meses à espera.
“Urge perceber porque é que, por exemplo, o Ministério da Defesa ou o Ministério dos Negócios Estrangeiros nunca se dignaram a receber a comissão de trabalhadores ou o próprio sindicato”, frisou João Ormonde, presidente da CRT, em declarações aos jornalistas, no final de uma reunião com a CGTP/Açores, na Terceira.
Os EUA anunciaram no final do ano passado a intenção de reduzir o seu contingente na base militar das Lajes, na ilha Terceira, Açores, em mais de 400 militares e 500 familiares a partir de 2014.
Segundo João Ormonde, os trabalhadores vão tendo conhecimento “oficiosamente” do que é discutido nas comissões bilaterais (Portugal/EUA), mas gostariam de poder discutir este processo “cara a cara” com os ministros.
“Estamos há seis meses a aguardar que nos recebam e que nos expliquem o que é que estão a fazer”, frisou.
Também a CGTP/Açores vai marcar uma segunda ronda de reuniões, que incluem, para além do Governo da República, o executivo dos Açores e as forças políticas.
Segundo o dirigente sindical Vítor Silva, é preciso “saber concretamente o que é que cada um fez sobre esta matéria, o que é que cada um tem a dizer, quais são os resultados, o que é que se pode aplicar, o que é que se pode rentabilizar” e se Portugal tem “propostas concretas sobre este processo negocial”.
“Já passou algum tempo e antes que se consuma o processo negocial, é preciso saber o que é que cada um fez”, salientou, alegando que Portugal não pode ir para a mesa de negociações sem qualquer proposta, como “já aconteceu num passado recente”.
Lusa