Lajes: Vasco Cordeiro voltou a Washington para “contactos reservados​”

O presidente do Governo açoriano voltou recentemente a Washington para “contactos reservados” sobre as Lajes, tendo reiterado hoje “grande preocupação” em relação ao dossiê e que está a trabalhar no sentido de minorar o seu impacto na ilha Terceira.
        Segundo um comunicado do Governo Regional dos Açores, Vasco Cordeiro esteve “novamente em Washington em contactos reservados”, no início deste mês, por causa das Lajes, a base da Terceira usada pelos EUA, que anunciaram há alguns meses a intenção de reduzir significativamente a sua presença militar na ilha.
         “O que temos de concreto, neste momento, é um processo que encaramos com grande preocupação e no qual continuamos a trabalhar no sentido de minorar os seus efeitos sociais e económicos na ilha Terceira e nos Açores”, afirmou Vasco Cordeiro, citado no mesmo comunicado.
        As declarações do presidente do Governo dos Açores surgem na sequência de uma notícia da Antena 1, segundo a qual oito congressistas norte-americanos apresentaram “duas iniciativas legislativas” que pretendem travar a diminuição da presença dos Estados Unidos da América nas Lajes, pedindo mais esclarecimentos à Administração Obama.
        “Consideramos que, naturalmente, é uma boa notícia, mas que deve ser encarada com cautela, pelo caminho que esta decisão ainda tem de fazer dentro da estrutura política norte-americana”, afirmou Vasco Cordeiro, que em idas anteriores aos EUA se reuniu também com congressistas norte-americanos, nomeadamente.
        O presidente do Governo açoriano considerou “muito positivo o trabalho e o empenho que tem sido desenvolvido por todos os intervenientes nesta matéria”.
        “Não tenho a pretensão de pensar que resulta só do trabalho que tem sido desenvolvido pelo Governo dos Açores, já que há muita gente envolvida e empenhada neste processo. Desde logo, Congressistas federais e estatuais que, por laços familiares ou por serem eleitos por comunidades com muitos emigrantes, têm demonstrado um empenho muito forte em relação a esta matéria e que têm tomado ações concretas, assim como o Embaixador de Portugal em Washington”, afirmou.
        A 04 de junho, numa intervenção em Boston, na cerimónia que comemorou o Portuguese Heritage Day, o presidente do Governo dos Açores apelou aos norte-americanos para terem “ponderação” nas decisões que vão tomar em relação às Lajes, alertando que a “relação de amizade” entre Portugal e os EUA pode ficar comprometida.
        Para Vasco Cordeiro, a nível político e institucional, os dois países têm “um relacionamento próximo de valores e objetivos partilhados” que resulta também de “seis décadas de presença militar e civil americana na ilha Terceira”.
        O presidente do Governo açoriano acrescentou, nesse dia, que a comunidade portuguesa nos EUA tem também um papel neste processo: “Fazer ver aos seus representantes políticos ao nível local, estadual e federal a mais-valia que resulta do relacionamento estável e duradouro com Portugal”.
Os norte-americanos têm prevista uma redução do seu contingente das Lajes em mais de 400 militares e 500 familiares a partir de 2014.

 

Lusa

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