A Secretaria Regional da Agricultura e Florestas lançou um concurso público para a venda de madeira de criptoméria certificada com o eco-rótulo do FSC® e a reflorestação de 154,78 hectares das áreas cortadas.
O concurso, hoje publicado em Jornal Oficial, estipula que o prazo de exploração será de cinco anos, tendo o Secretário Regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, considerado que este período representa “uma garantia de fornecimento regular de material lenhoso às empresas que necessitem de consolidar as relações comerciais com os seus clientes”.
As áreas de corte e reflorestação abrangidas por este concurso situam-se nos Núcleos Florestais da Tronqueira, Lomba de São Pedro e Água Retorta, inseridos no perímetro florestal da ilha de São Miguel, nos concelhos do Nordeste, Ribeira Grande e Povoação.
O Governo dos Açores iniciou em 2014 a gestão ativa das áreas florestais que tem sob sua responsabilidade, através da seleção de áreas para corte e da definição de um conjunto de operações e normativos a atender na sua exploração.
Estas opções, que se consubstanciam num Plano de Gestão Florestal e que levam ao reordenamento florestal das áreas exploradas, visam também o rejuvenescimento da floresta pública açoriana, com respeito pelos valores naturais que lhe estão associados e tendo o cuidado de minimizar os impactos muitas vezes associados a este tipo de ações.
Com esta medida, o Governo dos Açores procura potenciar o surgimento de novos negócios na área da transformação e inovação, associadas à fileira da madeira, e contribuir para o aumento das exportações.
Neste contexto, o eco-rótulo do FSC®, que atualmente distingue a ‘Criptoméria dos Açores’, e a existência da Norma Portuguesa para marcação CE da madeira de Criptoméria reforçam a competitividade que esta tem vindo a demonstrar, conquistando consumidores e mercados, no país e no estrangeiro.
A Criptoméria Japónica é uma das espécies mais representativa da produção florestal dos Açores, gerando anualmente um volume de negócios de 12 milhões de euros.
João Ponte salientou que a floresta dos Açores, para além da importância em termos ambientais, de desenvolvimento do território e de proteção da erosão dos solos, tem uma “área muito importante”, que é a da transformação, venda e exportação de madeira.
“O Governo dos Açores vai prosseguir o esforço que tem sido feito no aproveitamento económico da madeira, porque é uma fonte de riqueza e de criação de postos de trabalho”, assegurou o Secretário Regional.
Nos últimos quatro anos, adiantou João Ponte, foram plantadas “cerca de três milhões de árvores” no arquipélago, a maioria criptomérias, mas também resinosas, folhosas e endémicas.
Açores 24Horas / Gacs