Líder açoriano pede “clareza” e reação “firme” por parte do Governo português

Imagem de Arquivo
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O presidente do Governo Regional dos Açores pediu hoje, no parlamento, uma reação “firme” e de “clareza” do Governo português em relação à decisão norte-americana de reduzir presença na base das Lajes, na ilha Terceira.

“Peço clareza, e sobretudo, que tomem decisões consequentes”, disse Vasco Cordeiro, durante uma audição na comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.

Para o chefe do governo regional, o Governo da República tem de ter uma reação “firme” e “veemente” perante a decisão norte-americana, salientando a necessidade das conversações sobre esta matéria serem centradas “no essencial”.

“O consenso não vale por si e, o pior de tudo, é ter um consenso podre”, referiu o presidente do executivo açoriano, indicando, sem pormenorizar, que existiram algumas falhas por parte do executivo português na condução do processo.

Vasco Cordeiro defendeu que, enquanto não ficar decidida, a questão das Lajes deve condicionar a forma como Portugal se relaciona com os Estados Unidos.

“É importante fazer sentir isso ao Governo dos Estados Unidos”, disse o representante, afastando, no entanto, um cenário de cessação das relações diplomáticas.

“Continuamos amigos, mas seguramente não iremos visitar a casa uns dos outros”, referiu Vasco Cordeiro.

Ainda sobre a atuação do Governo português, o representante regional afirmou que aguarda com “expectativa”, esperando da parte do executivo de Lisboa “um trabalho que esteja à altura das circunstâncias”.

A 08 de janeiro, o então secretário da Defesa dos Estados Unidos, Chuck Hagel, anunciou a redução de 500 efetivos da base aérea portuguesa nas Lajes.

No mesmo dia, o embaixador norte-americano em Lisboa, Robert Sherman, explicou que o objetivo é reduzir gradualmente os trabalhadores portugueses de 900 para 400 pessoas ao longo deste ano, enquanto os civis e militares norte-americanos passarão de 650 para 165.

 

Lusa

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