O líder do CDS-PP nos Açores, Artur Lima, acusou hoje o Governo Regional de “destruir” emprego jovem qualificado, atingindo sobretudo as ilhas mais pequenas.
“É a geração mais qualificada de sempre e a mais desempregada de sempre e isso é culpa das políticas governativas que não acertam o passo e que não conseguem tomar uma medida para a criação de emprego jovem na Região Autónoma dos Açores”, salientou.
Artur Lima discursava na sessão de encerramento do IV Congresso Regional da Juventude Popular (JP) dos Açores, que decorreu na sexta-feira e hoje, na Calheta, em S. Jorge, após dez anos de interregno da juventude partidária.
O líder regional centrista considerou que o executivo açoriano socialista destruiu “o que era mais típico em S. Jorge”, referindo-se às cooperativas agrícolas e de laticínios, acrescentando que desta forma destruíram emprego em freguesias.
“Além da economia, destruíram laços familiares e afetivos”, frisou, criticando também o encerramento de escolas, que considerou responsável pelo desenraizamento dos jovens das suas freguesias.
Artur Lima apelou aos jovens centristas para que reajam “fortemente” à proposta de reestruturação do Serviço Regional de Saúde, apresentada pelo Governo Regional, alegando que as ilhas pequenas vão ficar cada vez mais desertificadas e desqualificadas.
“Se vão acabando com valências, como a radiologia, se vão acabando com horários, se vão tirando o mínimo a que estas ilhas têm direito, o que acontece aos jovens que se vão formar em radiologia, em análises clínicas, em fisioterapia, no que quer que seja na área da Saúde, em enfermagem, em medicina, é que não voltam à sua terra”, frisou.
O líder regional centrista pediu também aos jovens militantes da JP/Açores para não terem medo de denunciar situações em que um emprego não seja adquirido por mérito, acrescentando que “o emprego jovem nos Açores é um emprego de militância, é um emprego de cunha, é um emprego partidário”.
O IV Congresso Regional da Juventude Popular dos Açores, que reuniu em S. Jorge, cerca de meia centena de militantes, elegeu como presidente Alonso Miguel, que já era líder da JP na ilha Terceira.
Na sessão de encerramento do congresso, o novo líder da JP/Açores defendeu que a aposta da Região para a criação de novas empresas “deve ser direcionada para novos setores produtivos e exportadores”, onde possa ser utilizado “o alto nível de mão de obra qualificada” de que a região dispõe.
Alonso Miguel considerou que o crescimento do desemprego nos Açores é “preocupante”, acrescentando que os programas do executivo açoriano para combater o flagelo são “insuficientes”.