Em conferência de imprensa, realizada esta manhã na sede do parlamento açoriano, na cidade da Horta, Paulo Estêvão adiantou que o seu partido acabou por “retirar toda a confiança institucional” que tinha em Álamo Meneses, na sequência das declarações do governante sobre a lixeira da ilha do Corvo.
“Consideramos que ele não possui qualquer credibilidade para continuar a integrar o Governo Regional e por isso, sugerimos que se demita ou seja demitido”, exigiu.
Em causa está a decisão anunciada pelo titular da pasta do Ambiente nos Açores, de cancelar a construção de um aterro sanitário na mais pequena ilha do arquipélago, assim como o Centro de Processamento e Triagem previsto pelo anterior executivo socialista.
Na opinião de Paulo Estêvão, a decisão de Álamo Meneses de cancelar aquelas obras, em “troca” de um “mirabolante projecto de transporte dos resíduos” para fora da ilha, “configura uma ofensa à inteligência” da população do Corvo e um “acto de irresponsabilidade ambiental”.
Segundo explicou, o cancelamento destas importantes obras para a ilha, que iriam pôr fim à actual lixeira a céu aberto, representa também uma “extorsão de mais de 750 mil euros de investimento” no Corvo.
“Tudo isto se passou num ambiente da maior irresponsabilidade, sem que tivesse realizado qualquer reunião do Governo Regional, da Câmara Municipal do Corvo e à revelia de qualquer estudo prévio”, lamentou o líder regional do PPM.
Paulo Estêvão já tinha denunciado, há duas semanas, o “grave problema ambiental” que ainda persiste no Corvo, devido à existência de uma “grande lixeira a céu aberto”, onde são depositados todos os resíduos produzidos pelos pouco mais de 400 habitantes da ilha.
Uma situação que considerou ser “inadmissível”, numa ilha que ostenta o galardão de “Reserva da Biosfera”, atribuído pela UNESCO.
In AOriental