O líder do PSD/Açores afirmou hoje que com um apoio à tripolaridade e à investigação de 1,5 a dois milhões de euros anuais por parte da Região seria possível assegurar a estabilidade futura da universidade do arquipélago.
“Poderemos estar a falar para garantir apoios à tripolaridade e também ao que se faz de investigação dedicada de 1,5 a dois milhões de euros, que poderiam assegurar a estabilidade futura da Universidade dos Açores (UAç)”, afirmou aos jornalistas Duarte Freitas, que reuniu hoje com a direção da Associação Académica, em Ponta Delgada.
O reitor da Universidade dos Açores adiantou em outubro que ao abrigo do plano de recuperação financeira, que já foi enviado para Lisboa, terá de haver uma redução de 10 por cento da massa salarial e um aumento de propinas, assegurando o Governo da República o défice da academia até 2015, na ordem dos 1,8 milhões de euros, a par da dívida existente de 2 milhões.
O líder do maior partido da oposição nos Açores, que está “muito preocupado” com a situação que atravessa a UAç, reafirmou o seu entendimento de que “a República não se pode eximir das suas responsabilidades”, já que tutela o ensino superior, mas também a região “não pode olhar para o lado em relação às dificuldades da UAç”.
“Por isso mesmo, entendemos que da República deve ser assegurado tudo o que tenha a ver com o ensino superior e a região deve assegurar que haja financiamento para a investigação dedicada e também para a nossa realidade de tripolaridade”, sustentou Duarte Freitas.
No final de agosto, o Governo dos Açores anunciou que iria reforçar em 371 mil euros as verbas a transferir este ano para a universidade, visando assim anular o impacto da cativação de verbas decretada pelo Ministério da Educação.
A única instituição de ensino superior no arquipélago está dividida em três polos, localizados nas ilhas de S. Miguel, Terceira e Faial.
Duarte Freitas considerou que a Universidade dos Açores é “uma trave mestra da autonomia, sociedade, economia e quanto mais estiver em causa mais estará em causa a sociedade e a autonomia açoriana”.
O social-democrata acrescentou que a academia terá também de racionalizar despesas e otimizar as suas capacidades no ensino e na investigação.
Lusa