“A atenção do Governo Regional e do Governo central para estes territórios isolados tem sido muito pouca ou nenhuma e sente-se que as pessoas já se habituaram a que assim seja e não deviam”, referiu a deputada açoriana, acrescentando que as pessoas “deviam reclamar mais atenção e fazer-se ouvir”.
Lídia Bulcão entende que as Flores são um exemplo da insularidade e do “isolamento” que as ilhas mais pequenas sentem em relação ao restante arquipélago dos Açores, que se debatem também com problemas de desertificação.
“A verdade é que temos ganho população nas ilhas grandes, mas as ilhas pequenas estão cada vez mais desertificadas e isoladas e não adianta colocar rótulos de ilhas da coesão, se não se fizer, de facto, políticas de proximidade e de desenvolvimento local”, sublinhou a deputada social-democrata.
Para a deputada do PSD/Açores ao Parlamento nacional, os problemas que a ilha das Flores atravessa estão relacionados com as comunicações, os transportes e com o desenvolvimento da economia local.
“Não adianta aumentar a produção da agricultura e das pescas, se depois eles não têm capacidade para exportar, porque o barco só vai à ilha de 15 em 15 dias”, exemplificou Lídia Bulcão, acrescentando que o mesmo se passa em relação às comunicações: “Não adianta quererem saber mais do que se passa no mundo se não têm fibra óptica para aceder à Internet em condições”.
A deputada pretende levantar estes problemas na Assembleia da República.