Nos oito jogos da 12ª ronda da Liga portuguesa, entre os quais o Sporting – FC Porto, e nos dez da 13ª da Liga espanhola, marcada por um escaldante derby entre o FC Barcelona e o Real Madrid, os jogadores vão entrar em campo com t-shirts alusivas à candidatura ibérica.
A jornada de promoção inclui ainda acções nos estádios, como a passagem de vídeos promocionais da candidatura nos intervalos dos encontros.
A iniciativa, apresentada ontem na sede da Federação Portuguesa de Futebol, decorrerá poucos dias antes do anúncio da FIFA sobre a candidatura vencedora, agendado para 2 de Dezembro, em Zurique.
A apresentação da campanha contou com a presença de Miguel Angel Lopez, director geral da candidatura, de Gilberto Madail, presidente da FPF, do secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias, do presidente da Liga de clubes, Fernando Gomes, e de representantes dos árbitros e dos jogadores portugueses.
Segundo Miguel Angel Lopez, “a iniciativa estava pensada há vários meses e é uma prova do empenho dos dois países na candidatura”, que terá como concorrentes a Inglaterra, a Rússia, e o projecto conjunto da Holanda e da Bélgica.
“Achámos que este era o melhor momento para a realizar, em vésperas da decisão da FIFA, e em jornadas marcadas por jogos importantes tanto em Portugal como em Espanha”, afirmou.
Fernando Gomes referiu que a Liga “não pode deixar de se associar a esta jornada de promoção da candidatura” e mostrou-se convicto de que “o esforço conjunto de Portugal e Espanha pode ser premiado pela FIFA”.
O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional considerou ainda que “a candidatura ibérica é um objectivo nacional e implica o envolvimento de todos”.
Gilberto Madail referiu que “Portugal e Espanha são rivais dentro de campo, mas amigos fora dele” e enumerou vários factores que considerou serem mais-valias da candidatura: estádios, infra-estruturas, clima, qualidade dos jogadores e treinadores e vias de comunicação.
“Além disso temos algo que nos pode distinguir: a hospitalidade e o calor humano”, disse Madail.
O presidente da FPF minimizou o facto de Portugal poder receber muito menos jogos que Espanha, referindo que a candidatura é conjunta, e que “nestes casos há sempre uma parte maior e outra menor”.
“O Mundial tem 62 jogos, destes 20 ou 21 poderão ser em Portugal, que não terá de realizar investimentos”, referiu, acrescentando: “Portugal não é um anexo, é parte da candidatura e está empenhado na vitória”.
“O mundo do futebol português e espanhol está de mãos dadas numa candidatura”, afirmou Laurentino Dias.
Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, e Luís Guilherme, da Associação de árbitros, garantiram que tantos os futebolistas como os juízes estão de “corpo e alma no projecto”.