As linhas de crédito de apoio à Lavoura, criadas pelo Governo, não obtiveram o efeito desejado – afirma o Presidente da Federação Agrícola dos Açores, Jorge Rita.
Para uma maior concretização de projectos no sector, o Presidente da Federação Agrícola pede maior flexibilidade, por parte do Governo e também da banca.
As linhas de crédito foram lançadas há cerca de um ano, como forma de capitalizar a agricultura, mas, “na globalidade, pouco fizeram” – conclui o Presidente da Federação.
Aquele responsável explica que, “na linha de fundo de maneio, por exemplo, foram aprovados apenas 114 projectos, num, total de 2 milhões e 300 mil euros, ou seja, nem com as garantias do Governo e ajuda no pagamento de juros a linha foi atractiva”.
A linha termina já no próximo dia 30 de Março, mas Jorge Rita defende o seu prolongamento, mas com algumas alterações.
Um pouco mais eficaz foi a linha de compensação financeira pelos juros elevados praticados pela banca, entre os anos de 2006 e 2008.
Segundo dados da secretaria da Agricultura, foram apoiados cerca de 800 produtores, a maior parte dos quais da ilha de São Miguel.
Resta ainda a linha PROCAP/ INVEST: como depende da aprovação de projectos ao PRO-RURAL para antecipar as verbas dos investimentos, ainda não teve muito impacto, porque, e segundo Jorge Rita, “muitos dos projectos só agora começaram a ser aprovados”.