“Queremos declarar o estado emergência climática e ecológica na região para, à volta disso, mobilizar uma série de esforços e financiamentos que vão ser necessários para alterar práticas em termos agrícolas e de pesca”, declarou José Azevedo à agência Lusa.
O partido entregou esta semana as listas às eleições regionais de 25 de outubro e apresentou também o seu manifesto eleitoral.
José Azevedo, professor universitário na área da biologia e ecologia, é o cabeça de lista pelos círculos eleitorais de São Miguel e compensação, enquanto o programador informático Nuno Rolo concorre na ilha Terceira.
José Azevedo frisou que “toda a atividade primária” precisa de ser convertida para um “modelo muito mais sustentável”, sobretudo em São Miguel e na Terceira.
Naquelas ilhas, disse, a agricultura é “baseada na pecuária, produção de leite e laticínios”, sendo “muito intensiva e com tendência para se intensificar”, o que provoca “problemas de poluição das águas e dos solos”.
“É um modelo que também é insustentável do ponto vista social e económico. É extraordinariamente dependente de subsídios e de apoios e deixa a maior parte dos agricultores numa situação de aflição permanente”, acrescentou.
O candidato referiu que a componente ambiental é uma das bandeiras do partido para as próximas eleições regionais, sendo que a outra são as “questões sociais”.
O partido quer refletir sobre as alterações “necessárias” no sistema económico regional para que se comece “definitivamente a resolver as questões de desigualdades na sociedade açoriana”, agravadas pela pandemia da covid-19.
O candidato reconheceu que estaria “estatisticamente mais confiante” na eleição para o parlamento açoriano caso o partido tivesse apresentado listas em todo as ilhas do arquipélago.
Contudo, salientou que o Livre continua com as “expectativas altas” para as eleições, sobretudo na eleição de um deputado pelo circulo de compensação.
As próximas eleições para o parlamento açoriano decorrem em 25 de outubro.
Lusa