O presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) apelou ao consenso para “avançar e fazer transformações profundas” em áreas como a educação, a pobreza ou as alterações climáticas.
“O debate e a diversidade enriquecem e fortalecem os democratas. Porém, tudo tem o seu tempo. Em sociedades democráticas maduras, não há que ter medo, nem receio, de passar para a fase da convergência, na busca de soluções boas, e consensualizadas”, observou Luís Garcia, na mensagem de Ano Novo divulgada em nota de imprensa.
Para o presidente da ALRAA, só assim é possível “avançar e, sobretudo, fazer transformações profundas em domínios fundamentais, como a educação, o combate à pobreza, a coesão, e as alterações climáticas”.
“Esse trabalho é urgente para conseguirmos promover a recuperação da região e alavancar a economia regional de forma atrativa e inovadora”, avisou.
O responsável defendeu também a necessidade de “acarinhar o setor privado em todas as ilhas, para conseguirmos criar emprego sustentável e reter os nossos talentos”.
Luís Garcia explicou que, “ao apelar, com insistência, para a necessidade desta disponibilidade para o diálogo e para a construção de compromissos” não se deve “apenas por causa do quadro político” dos Açores, “ainda que ele a isso exija”.
“Faço-o porque estou absolutamente convicto de que os desafios que temos pela frente serão mais facilmente ultrapassados se formos capazes de construir soluções duradouras, com objetivos bem definidos, mensuráveis, e com fiscalização permanente”, justificou.
No início de um novo ano, Luís Garcia convocou todos os açorianos para a tarefa de “desenvolver e transformar a Região”.
“Precisamos, mais do que nunca, de gente motivada, e de empresários com vontade de investir e dinamizar a nossa economia”, defendeu.
O presidente da ALRAA considera ser também necessária “uma cultura de diálogo e de tolerância”.
“Para ouvir e aceitar as ideias dos outros e, sobretudo, para construir plataformas de entendimento, que permitam resolver problemas há muito diagnosticados ou emergentes”.
Luís Garcia apelou ainda a uma maior participação pública: “Ao virar de mais um ano, peço ainda a todos que não desistam da nossa Região, nem de fazer ouvir a vossa voz, seja no dia-a-dia da comunidade ou dentro das nossas instituições maiores”.
O responsável não esqueceu a pandemia de covid-19, pedindo aos açorianos para não baixarem os braços, nem se deixarem abater pelo desânimo, “porque dias melhores vão chegar”.
“Hoje, há uma certeza que sobressai deste longo caminho: podemos estar vacinados e fazer muitos testes, mas continua a haver uma parte da luta, que depende do cumprimento das regras enquanto cidadão. É, pois, essencial, que cada um faça a sua parte”, sustentou.
Para combater a pandemia, “mitigar as suas consequências, cuidar da recuperação e dar resposta a tantos desafios urgentes” faz falta “arte e engenho, boas políticas e recursos, mas, também, o contributo de todos”.
“Ninguém está dispensado de dar o seu contributo! Ninguém se sinta dispensado, nem no direito de dispensar os outros. Por mais pequeno que seja, cada contributo é importante”, argumentou.
Lusa