O Secretário Regional da Agricultura e Ambiente afirmou hoje, em Bruxelas, que a reunião do Conselho de Ministros da Agricultura da União Europeia em que se discutiu a crise do setor do leite instalada no espaço comunitário se revelou “uma completa desilusão”.
“Nos Açores, entendemos que a última oportunidade para tomar medidas com algum efeito útil” é agora, frisou Neto Viveiros em declarações à margem do encontro, explicando que “daqui a três meses, a situação estará muito pior se nada for feito de concreto até lá”.
O governante açoriano lamentou ainda que a União Europeia não esteja “a perceber nem a dimensão do problema, nem o facto de que a sua gravidade pode aumentar exponencialmente nos próximos meses quando se sentir todos os efeitos do aumento sazonal de produção.”
Para o titular da pasta da Agricultura, “mais do que um problema de produção, aquilo que vivemos, neste momento” é “um escoamento de mercado”, defendendo que “a primeira medida que se impõe”, com a máxima urgência, porque terá efeitos mais rapidamente, “é abrir o mercado da Rússia”.
“O que choca mais é esta inércia ou a falta de consciência da dimensão dramática desse problema por parte da EU e isso terá que mudar rapidamente”, conforme tem sempre defendido a Região.
