Uma professora de ginástica de vinte e sete anos de idade, a leccionar no concelho da Povoação, foi acusada de manter relações sexuais com um aluno de dezasseis anos.
A mãe teve conhecimento do caso quando acedeu à troca de “mensagens picantes” do telemóvel do filho para a professora e vice-versa
Confrontado pela mãe, o jovem de dezasseis anos foi forçado a abandonar o alegado relacionamento que tinha com a professora de ginástica, que nunca admitiu numa primeira fase
A mãe do jovem aluno resolveu então confrontar a professora de ginástica com o hipotético caso entre ambos, tendo esta adoptado a mesma postura do filho, ou seja, negou-o.
“O meu filho era um bom aluno, mas, de um momento para o outro, o seu rendimento escolar foi afectado, tendo apenas registado positiva na aula de ginástica que a professora leccionava” , refere a mãe do aluno.
Depois de várias insistências da mãe, o aluno de 16 anos admitiu que manteve relações sexuais com a professora, tendo abandonado a relação.
Desesperada, a mãe do jovem de dezasseis anos denunciou a situação ao jornal local “Portal da Ilha” e dirigiu-se ao estabelecimento de ensino do aluno, tendo alertado para o caso a directora de turma do filho
Por seu turno, a directora de turma levantou a questão junto do Conselho Directivo da escola.
José Maria Figueira, Presidente do Conselho Executivo da Escola Básica e Secundária da Povoação, tomou a iniciativa – porque considerava ser “evidente a incompatibilidade” entre o aluno e professora – de mudar a professora de turma.
Muito embora não possa classificar a natureza do relacionamento entre ambos, o Presidente do Conselho Executivo afirma ter tomado as “medidas adequadas para sanar o conflito”, por forma a garantir a normalidade na escola.
Entretanto, a professora em causa, que se encontrava contratada na escola da Povoação, desde Setembro de 2008, rescindiu o contrato com o estabelecimento de ensino, tendo alegado junto da Direcção Escolar que tinha uma “melhor proposta” de trabalho. Ontem, contactada telefonicamente pelo Açoriano Oriental, para apresentar a sua versão dos acontecimentos, a professora em causa reservou-se ao direito de não o fazer.
A confirmar-se a relação sexual entre a professora de vinte e sete anos e o aluno de dezasseis numa escola do concelho da Povoação, em harmonia com o Código Penal, nomeadamente, com o artigo172º, está-se perante o abuso sexual de um menor dependente.
João Alberto Medeiros ( in AOriental)