Num comentário a estes resultados, Sandro Paim, presidente da CCAH, disse à Lusa que a evolução de 2011 para 2012 foi “surpreendente”, tendo em conta que, no ano passado, mais de metade das empresas se consideravam em situação normal e 17 por cento diziam estar em boa situação.
Os dados do inquérito realizado a 47 empresários das três ilhas abrangidas pela CCAH indicam que as justificações para a má situação das empresas estão relacionadas com a retração do consumo (20 por cento), a crise económica e a dificuldade de acesso ao crédito (17 por cento) e a economia paralela (16 por cento), sendo que a primeira se acentuou mais desde 2011.
A maioria dos empresários (94 por cento) avaliou a conjuntura económica regional como sendo ‘má’ ou ‘muito má’ e 85 por cento prevêm para 2012 um volume de negócios inferior ao do ano passado.
Nesse sentido, metade dos inquiridos prevê reduzir as contratações, 35 por cento admitem despedimentos e 24 por cento podem vir a cortar nos salários.
O presidente da CCAH frisou, no entanto, que o inquérito foi realizado antes de serem apresentadas pelo executivo regional algumas medidas conjunturais, que considerou “importantes para mitigar o aumento do desemprego”.
Nesse sentido, recordou que a CCAH promove quarta-feira uma sessão de esclarecimento sobre as linhas de apoio às empresas e sobre o Programa para Promoção do Emprego e Competitividade, que contará com a presença de Sérgio Ávila, vice-presidente do Governo Regional.
Sandro Paim salientou ainda os “avanços” registados a nível nacional e europeu, destacando a diminuição de exigências da ‘troika’ relativamente aos rácios da banca, as medidas de apoio do BCE e a injeção de 12 mil milhões de euros na banca nacional
Lusa