De acordo com um comunicado divulgado na página na internet do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os sismos de maior magnitude ocorreram em 05 de novembro, às 06:22 locais (07:22 em Lisboa) e em 18 de dezembro, às 08:15 locais, com magnitudes de 4,6 e 4,7, respetivamente.
A nota esclarece também que, apesar de não terem sido registados quaisquer danos materiais, “da totalidade dos eventos registados”, 35 foram sentidos com “intensidades máximas” variando entre II/III e IV/V na escala de Mercalli Modificada.
O IPMA refere ainda que a localização do arquipélago dos Açores – na zona de junção das placas litosféricas Norte-americana, Eurasiática e Núbia – explica “atividade sísmica intensa”.
“A sismicidade do arquipélago organiza-se geralmente em sequências sísmicas, quer como réplicas de um evento principal, quer como enxames ou crises com sismos de magnitude reduzida a moderada, podendo os mais fortes ser sentidos pela população”, explicita o comunicado, acrescentando que “a região a oeste da ilha de Faial é uma das zonas sismogénicas onde são recorrentes períodos de intensa” atividade sísmica.
Desde 05 de novembro, e até hoje, tem sido detetado um “aumento da frequência horária”, com eventos sísmicos localizados a cerca de 30 quilómetros a oeste da freguesia do Capelo, refere o comunicado.
“Esta atividade sísmica mantém-se ainda em curso, embora com menor frequência diária”, explica a nota, sublinhando que a população do Faial, ilha do grupo central dos Açores, poderá continuar a sentir os sismos, se se mantiver este “padrão de sismicidade”.
Lusa