Segundo a direcção regional da Educação, foram revistas 163 provas da 1ª fase de exames nacionais e 56 exames da 2ª fase estão ainda a ser revistos.
Dos resultados da primeira fase de reapreciações, pode-se concluir que 44 por cento dos alunos (72) viram subir a nota do exame, na pauta afixada a 10 de Agosto.
Mas nem todos os alunos que pediram revisão da prova ficaram a ganhar. Um aluno que pede a reapreciação do exame nacional pode subir a nota, mas também pode manter ou mesmo descer a classificação. “Os alunos sabem que correm um risco”, ressalva a directora regional da Educação, Fabíola Cardoso.
Assim, na primeira fase, houve também alunos a ter más notícias: verificaram-se 22 descidas de nota, mas destas apenas cinco corresponderam a uma descida de valor (numa classificação de 0 a 20).
Foram as correcções dos exames nacionais de Português , Matemática A e Física e Química que geraram mais contestação de notas. Foram reapreciadas 65 provas de Português, 31 exames de Matemática A e 26 de Física e Química, adiantou Fabíola Cardoso. Os restantes exames registaram à volta dos cinco a seis pedidos.
Se, depois de afixada a nota da reapreciação do exame, o aluno considerar que ainda há motivos que sustentem uma reclamação por escrito, pode solicitar que sejam corrigidos, desta vez não toda a prova, mas apenas os pontos que considera não estarem bem corrigidos. Nos Açores, refere a directora regional, apesar de ainda não ter os dados finais, o número de reclamações das reapreciações dos exames é bastante residual.
Para os alunos que pretendem ingressar num curso do Ensino Superior, cada décima da média final conta, podendo determinar se ficam ou não colocados nos cursos e estabelecimentos de ensino desejados. Daí que haja sempre quem pague os 15 euros exigidos (que em caso de subida da nota são devolvidos) para correr o risco de uma reapreciação.
Como refere Fabíola Cardoso, o número de pedidos de reapreciação tem-se mantido de ano para ano (mas as reapreciações da segunda fase desceram este ano).
“As correcções não são uma ciência exacta”, salvaguarda a directora regional. “Os critérios de correcção que são definidos pelo Gabinete de Avaliação Educacional trazem uma carga de subjectividade”, por essa razão, explica, “aquilo que se tem feito – e com a qual nós concordamos – é supervisão: os corretores reúnem-se, discutem os critérios de correcção, para corrigir a subjectividade que existe sempre nessas coisas e que penso que nunca será eliminada a cem por cento”.
Sexta-feira são afixados os resultados das reapreciações dos exames nacionais da 2ª fase.
in Ao