Mais de um milhão de nados-mortos podiam ser salvos todos os anos

crianca-bebe-gravidez-natalidadeQuase metade dos 2,6 milhões de nado-mortos registados anualmente em todo o mundo poderiam ser salvos com a aplicação de programas já existentes, revelam os estudos divulgados pela revista The Lancet.
Todos os dias morrem cerca de 7200 recém-nascidos em todo o mundo. Segundo as primeiras estimativas divulgadas hoje na série The Lancet Natimorto, registaram-se 2,6 milhões de óbitos fetais em 2009.

Os investigadores acreditam que a aplicação de alguns procedimentos poderia evitar até 1,1 milhões de natimortos: a existência de cuidados obstétricos de emergência, por exemplo, poderia poupar 696 mil mortes.

Já a detecção e tratamento da sífilis seria suficiente para garantir a vida a 136 mil recém-nascidos. Os especialistas estimam ainda que a detecção e tratamento de retardo do crescimento intra-uterino poderia poupar 107 mil vidas e a detecção e tratamento da hipertensão na gravidez seria responsável pela vida de 57 mil.

Na lista de medidas a adoptar surge ainda o acompanhamento e informação para as mães com mais de 41 semanas de gestação (que poderia salvar 52 mil nado-mortos), a prevenção da malária, incluindo mosquiteiros e medicamentos (35 mil nado-mortos), a suplementação com ácido fólico antes da concepção (27 mil) e a detecção e tratamento de diabetes durante a gravidez (24 mil).

Os investigadores acreditam que reforçar os serviços de planeamento familiar também pode ajudar a minorar este drama, já que iria reduzir o número de gravidezes indesejadas, especialmente entre as mulheres de alto risco.

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