Malparado a subir e pedidos de ajuda também

A actual crise económica tem levado ao crescimento do crédito malparado, ao aumento dos pedidos de ajuda à DECO devido a situações de sobre-endividamento, mas também à queda do crédito concedido.

Segundo dados do Banco de Portugal, no final de novembro do ano passado os créditos de cobrança duvidosa junto de particulares, o chamado malparado, fixavam-se nos 4.777 milhões de euros, o valor mais elevado desde o começo da série em 1997, e um acréscimo de 82 milhões de euros face ao mês anterior.

Ainda assim, o valor do crédito malparado no final de setembro do ano passado não chegava a atingir quatro por cento do total do crédito concedido aos particulares e, dentro deste, atingia apenas dois por cento do crédito à habitação, segundo números do Banco de Portugal.

Os dados do banco central mostram ainda que havia 14,5 por cento de devedores particulares em situação de crédito vencido (ou seja, em incumprimento de pagamento), sendo que esta percentagem se repartia em 5,7 para o lado da habitação e 16,2 para os créditos ao consumo em setembro de 2011.

A subida do malparado tem sido, por outro lado, acompanhada pelo aumento do número de pedidos de ajuda feito por particulares sobreendividados à DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor.

Segundo números desta instituição, durante 2011 foram analisados 4.288 processos de sobreendividamento, um valor muito distante do registado em 2010, quando foram feitos 2.837 pedidos de ajuda, que por sua vez refletiam uma mudança ligeira face a 2009.

 

Lusa

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