Após 16 anos de encerramento, “Herança Açoriana – Uma Festa Cultural” assinala a reabertura ao público de uma importante ala do Museu Júlio de Castilhos, em Porto Alegre, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, integrado pelo Governo do Rio Grande do Sul nas comemorações do 260.º aniversário da chegada dos primeiros povoadores açorianos.
A abertura da exposição “Laços Açorianos: Povoamento e Cultura do Porto dos Casais”, que permanecerá no local até novembro, sublinha a importância dos açorianos na construção da cidade de Porto Alegre e na disseminação das manifestações culturais que criaram um laço de identidade permanente no Rio Grande do Sul, foi um dos pontos altos desta jornada de Açorianidade destacada pelo Subsecretário Regional da Presidência para as Relações Externas.
Para Rodrigo Oliveira, “a distância temporal de mais de dois séculos e meio, desde a chegada dos primeiros povoadores, bem como a própria distância geográfica de mais de oito mil quilómetros” que separam os dois territórios, “apenas tornam mais impressiva esta celebração dos Açores e do seu legado”. O governante considerou ainda que a presença do Governador do Rio Grande do Sul e de diversas entidades das áreas política, económica, social e intelectual “confere uma significativa dimensão a este evento e é mais uma prova do respeito, do carinho e do interesse com que o povo gaúcho assume a sua herança açoriana”.
O evento contou com a presença do Governador do Estado, Tarso Genro, e do Secretário da Cultura, Assis Brasil, e reuniu mais de um milhar de pessoas que ao longo de todo o dia de sábado tiveram oportunidade de assistir a espetáculos de música, dança e folclore de raízes açorianas e onde funcionaram tasquinhas com comida regional.
No decorrer das comemorações foi assinada uma ata que formaliza a constituição de uma comissão bilateral que ficará encarregada de promover a realização de um grande espetáculo, provisoriamente intitulado de “Ópera Açoriana”, a ter lugar em Porto Alegre e nos Açores.
Inaugurado em 1903, o museu Júlio de Castilhos possui um acervo de mais de 11 mil peças retratando as diferentes etnias que formaram o Estado, além de relíquias de importantes momentos da história do Rio Grande do Sul.
Açores24horas