O chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, evitou hoje comentar a possível extinção do cargo de Representante da República, que é consensual entre as forças representadas na Assembleia Legislativa dos Açores.
Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre esta matéria depois de se reunir, na Horta, Faial, com representantes dos seis partidos com assento no parlamento açoriano, encontros que apontou como “um passo importante e significativo”, que mostra “a maturidade da democracia” em Portugal e nos Açores.
“O Presidente da República não vai comentar os vários pontos de que se falou nos encontros que terminaram agora”, respondeu, referindo-se à possível extinção do cargo de Representante da República.
“É uma questão de respeito pelo próprio diálogo institucional que foi estabelecido”, argumentou.
Sobre os encontros que teve com PS, PSD, CDS-PP, PCP, BE e PPM, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que “o mais significativo é este momento: haver um Presidente da República que não se limita a ouvir, naturalmente, a perspetiva da governação, de quem está legitimado democraticamente para governar”.
“Não se limita a ouvir o líder da oposição. Ouve todas as sensibilidades presentes na Assembleia Legislativa, todas. Em pé de igualdade, porque o tempo para cada uma delas, sem que houvesse qualquer limitação, foi praticamente idêntico”, realçou.
O Presidente da República concluiu: “Penso que se chama a isso democracia, e mostra, portanto, a maturidade da democracia em Portugal e da democracia nos Açores”.
Lusa / Foto de arquivo (Lusa)