Mau cheiro na Lagoa das Furnas

Uma avaria num equipamento de arejamento da Lagoa das Furnas fez aumentar as condições de eutrofização nas últimas semanas, provocando um agravamento da qualidade da água e maus cheiros, revelou o director regional do Ambiente.
João Bettencourt salientou que a avaria ocorreu em Julho, tendo o Governo Regional dos Açores desencadeado um procedimento por ajuste directo para adquirir as peças necessárias à reparação do equipamento avariado, que devem chegar nas próximas semanas.

“Infelizmente as peças não estão disponíveis no mercado nacional, por isso terão de vir da Bélgica”, acrescentou João Bettencourt, em declarações aos jornalistas na Horta, lamentando que a situação tenha provocado uma demora na reparação do aparelho de arejamento, que ajuda a combater o processo de eutrofização das lagoas.

Paralelamente ao processo de arejamento, os serviços de Ambiente em S. Miguel reforçaram as equipas no terreno, numa tentativa de procurar minimizar, por outros meios, este problema, que reconheceu ser um mau cartaz turístico nesta época do ano.

O processo de eutrofização das lagoas dos Açores deve-se ao uso de adubos e pesticidas nos solos dedicados às pastagens, o que origina que os excessos de nutrientes fiquem depositados na água, prejudicando a sua qualidade.

Desde 2006 que está a decorrer um processo de combate à eutrofização nas lagoas das Furnas e das Sete Cidades, em S. Miguel, com resultados “favoráveis” apenas nas Sete Cidades, a maior lagoa dos Açores.

No caso das Furnas, o Governo Regional já adquiriu 265 hectares de terrenos em torno na lagoa para modificar o uso que tem sido dado ao solo naquela zona da ilha, apostando no reflorestamento das margens.

Apesar disso, o elevado número de nutrientes ainda depositados na lagoa, tem tornado difícil e moroso o combate à eutrofização.

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