Foi hoje conhecida a obra que venceu a primeira edição do Prémio de Humanidades Daniel de Sá, galardão recentemente instituído pelo Governo dos Açores. “Mau Tempo e Má Sorte – Contos pouco exemplares” é um original assinado com o pseudónimo Orlando Paz, da autoria de Maria Leonor Sampaio da Silva.
A decisão do júri foi unânime e fundamenta-se “em primeiro lugar, pelo facto de a temática dos contos corresponder ao âmbito do concurso; em segundo lugar, pela desenvoltura narrativa que os contos apresentam; em terceiro lugar, pela qualidade enunciativa dos diálogos e da linguagem que integram os referidos contos; e, em quarto lugar, pela organicidade e coerência do conjunto”.
A vencedora deste prémio é professora auxiliar do Departamento de Línguas e Literaturas Modernas e Diretora do Curso de Mestrado em Tradução e Assessoria Linguística da Universidade dos Açores.
Maria Leonor Sampaio da Silva tem publicado regularmente ensaios e críticas literárias, sendo, desde 2011, membro da Comissão Científica do Plano Regional de Leitura.
O júri deste prémio decidiu ainda atribuir duas menções honrosas aos originais “A Baleação e o Estado Novo: industrialização e organização corporativa (1937-1958)”, assinado James Bartley, da autoria de Francisco Maia Pereira Bruno Henriques, e “Pequeno Livro de Elegias Açorianas”, assinado por Inês Madressilva, da autoria de Daniel da Silva Gonçalves.
O Prémio de Humanidades Daniel de Sá, no valor pecuniário de 12 mil euros, é atribuído pelo Governo dos Açores, através da Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura, e destina-se a galardoar, a cada biénio, nos anos pares, uma obra inédita, com a temática “Açores”, escrita em português, por autor nacional ou estrangeiro, na categoria de literatura, linguística, história, filosofia, sociologia ou antropologia.
O júri foi constituído por Carlos Reis, da Universidade de Coimbra, Avelino Meneses e Rui Sousa Martins, da Universidade dos Açores, João Saramago, da Universidade de Lisboa, e pelo escritor João de Melo. O prémio será entregue este ano em sessão pública, ocasião em que será também lançada a obra premiada, numa edição da Secretaria Regional da Educação, Ciência e Cultura, através da Direção Regional da Cultura.