O queijo é um dos produtos da indústria de lacticínios da região com maior valor no mercado, enquanto o leite em pó regista, tradicionalmente, preços mais baixos de venda.
Segundo o Serviço Regional de Estatística (SREA) as fábricas açorinas produziram de janeiro a junho deste ano 13 366 toneladas de queijo (14 436 no semestre homólogo anterior) e 11 200 de leite em pó (9 418).
Numa apreciação aos dados do SREA, o presidente da Associação Agrícola de S. Miguel, que tem alertado para a necessidade de uma aposta dos industriais em produtos de maior valor acrescentado que permitam aumentar os rendimentos dos produtores de leite, considerou que os números podem estar relacionados com especiais condições de mercado registadas num “ano atípico”.
Alegando que a evolução deve ser no sentido de aumentar a produção de queijo enquanto produto acabado e de reduzir a de leite em pó, Jorge Rita referiu à agência Lusa que a indústria “deve justificar” as suas opções, uma vez que está também em causa o interesse dos agricultores.
O dirigente da principal associação de agricultores dos Açores sustentou que esse tipo de questões devem ser abordadas no Centro de Leite e Lacticínios, um instituto em fase de lançamento que vai reuniu produtores e industriais.