“Sobre o novo imposto anunciado pelo primeiro-ministro, ainda não podemos dizer nada, até porque a medida ainda não é conhecida ao pormenor”, disse Berto Messias, acrescentando que a “agenda compensatória” a que se referiu no Parlamento, será, caso venha a ser aplicada, uma ajuda genérica para “amenizar o impacto da crise”.
Durante o debate parlamentar de hoje, o deputado do PCP, Aníbal Pires, perguntou à bancada do PS e do Governo se estariam dispostos a “dispensar” os açorianos do novo imposto ou, em alternativa, de os “compensar” pelos cortes nos subsídios de Natal.
Na ocasião, Berto Messias respondeu que o seu partido estava a ponderar criar uma “agenda compensatória” que permitisse “compensar os açorianos das dificuldades em que vivemos”, mas garantindo agora que não se estava a referir, em concreto, aos cortes no 13º mês.
Sérgio Ávila, vice-presidente do Governo, com a pasta das Finanças, disse também, na altura, que executivo socialista não podia pronunciar-se sobre um imposto que ainda desconhece.
“O senhor primeiro-ministro disse que o ministro das Finanças iria explicar, nos próximos dias, essa medida, por isso, não peçam ao Governo dos Açores que se pronuncie sobre algo que não tem ainda qualquer conteúdo prático”, advertiu o vice-presidente.
Recorde-se que o Governo dos Açores criou um pacote de medidas compensatórias no arquipélago, para minimizar o impacto das medidas de austeridade impostas pelo anterior Governo de José Sócrates.