O cantor tinha-se visto obrigado a hipotecar ou vender grande parte dos seus activos. Apesar de Jackson ter vendido quase 750 milhões de discos em todo o mundo e de ter dito que durante a sua carreira musical de quatro décadas fez mais de 700 milhões de dólares (497 milhões de euros), as suas dívidas chegavam aos 500 milhões de dólares (355 milhões de euros), informou hoje o norte-americano The Wall Street Journal.
O advogado da estrela norte-americana, Brian Oxman, afirmou, numa entrevista televisiva, que a quantia exacta “é algo que Michael sempre manteve em privado” mas que “efectivamente era um valor considerável que estava a gerir e fazia-o bem.”
A estação de televisão CNBC assegurou hoje que, no total, o valor dos activos do artista poderia superar o milhão de dólares. No entanto, depois do julgamento em que Michael Jackson estava acusado de abuso sexual de menores, em 2005, os seus gastos anuais superavam as receitas em 30 milhões de dólares.
Os lucros do cantor registaram uma queda, mesmo depois de se ter comprovado a sua inocência em tribunal, também devido aos investimentos que fez em propriedades e na aquisição de animais exóticos e objectos de colecção. O cantor terá comprometido grande parte do seu capital devido aos empréstimos que contraiu, como foi o caso do catálogo musical dos Beatles, que serviu para saldar uma dívida de 200 milhões de dólares.
No ano passado, Michael Jackson vendeu o seu rancho a que tinha dado o nome de “Terra do Nunca”, em Santa Barbara, Califórnia, a uma “joint-venture” formada por ele próprio e pela empresa Colony Capital, que comprou a hipoteca da propriedade por 24 milhões de dólares (17 milhões de euros).
Lusa
