A transformação em fertilizante natural de 80 por cento do lixo doméstico indiferenciado recolhido no concelho de Nordeste, na ilha açoriana de São Miguel, vai ser garantido, a partir de hoje, por minhocas, anunciou a associação ambientalista Quercus.
Pedro Carteiro, dirigente da QUERCUS, explicou à Lusa que a entrada hoje em funcionamento da primeira central de vermicompostagem dos Açores vai fazer com que deixem de ser lançados em aterro materiais como restos de comida, papel e cartão sujo e resíduos de jardim produzidos pelos cerca de 5.000 residentes no concelho.
Depois de passarem por um processo de selecção e pré-compostagem, os detritos são ‘entregues’ às minhocas, que os transformam em húmus, um correctivo orgânico para a agricultura.
Orçada em 2,5 milhões de euros, a primeira unidade de tratamento de resíduos dos Açores com recurso à vermicompostagem tem um prazo útil de vida de 25 anos, resultando de um investimento do município.