“O ministro disse que a situação será desbloqueada e resolvida”, afirmou Cláudia Cardoso, em declarações à Lusa no final de uma audiência com Nuno Crato, que considerou ter sido “proveitosa e geradora de pontos de vista comuns”.
Relativamente à questão dos docentes em destacamento por condições específicas, a secretária regional recordou que os docentes nos Açores “têm sido impedidos de aceder ao concurso nacional nas mesmas condições que os colegas que lecionam no continente”.
Na origem desta distinção está o facto de não terem sido avaliados no continente, pelo que, logo no formulário da candidatura, eram excluídos.
“É uma questão grave porque se trata de pessoas que, por razões especiais, precisam de uma atenção especial”, frisou, acrescentando que a maioria destes casos se refere ao tratamento médico ou ao acompanhamento de familiares que necessitam de cuidados especiais.
Na sequência da reunião de hoje, Cláudia Cardoso obteve a garantia de que o problema deste ano será resolvido agora, mas, para os próximos anos letivos, “a questão será resolvida no tempo próprio e não de forma casuística como agora”.
Os problemas surgidos com os destacamentos quadrienais para aproximação à residência também foram abordados nesta reunião, tendo o ministro da Educação mostrado “abertura para os resolver”.
O encontro entre Nuno Crato e Cláudia Cardoso serviu também para analisar algumas questões do setor educativo em que a região dos Açores é diferente do resto do país, nomeadamente ao nível da avaliação de desempenho dos docentes.
“Nós já temos a avaliação concluída nos Açores, temos um sistema consolidado, que já vai no terceiro ano”, afirmou a secretária regional, salientando que a região está “mais avançada” do que o continente em questões como a avaliação externa ou a comissão de acompanhamento.
Cláudia Cardoso frisou ser “inegável que os Açores traçaram um caminho inovador e anteciparam muitas medidas em relação ao continente”.
Nesse sentido, destacou, por exemplo, o facto de o ensino de inglês ser “curricular e obrigatório no primeiro ciclo, o que não acontece no continente”.