Comissão parlamentar analisou a morte de um homem, este sábado, em São Jorge, enquanto esperava que a Força Aérea o transportasse para São Miguel, esteve em análise no Parlamento.
O ministro da Defesa disse que as evacuações médicas nos Açores são da competência directa do governo regional e que o protocolo com a Força Aérea prevê apoio em função dos meios disponíveis e “foi cumprido”.
José Pedro Aguiar-Branco sublinhou que a Força Aérea Portuguesa tem uma “responsabilidade directa” nas missões de busca e salvamento a nível nacional mas não tem a mesma competência no transporte aéreo de doentes nas ilhas.
O ministro, que está a ser ouvido na comissão parlamentar de Defesa, referia-se a declarações do presidente do governo da região autónoma dos Açores, Vasco Cordeiro, que ordenou segunda-feira a abertura de um inquérito na sequência da morte de um homem na ilha de S. Jorge, enquanto aguardava transporte aéreo para a ilha do Pico.
Segundo Aguiar-Branco, o protocolo que existe entre a FA e o governo regional “determina de forma clara” que o apoio para evacuações médicas é realizado “na medida da disponibilidade e capacidade de operação”.
O ministro frisou que quando foi chamada, pelas 20h30 de sábado, a FA apenas tinha disponível o avião C295, que não pode aterrar no aeródromo de S. Jorge no período nocturno por não ter as condições de iluminação necessárias. O único helicóptero EH101 disponível nos Açores, na base das Lajes, estava ocupado numa missão de busca e salvamento, disse.
“Em primeira mão, a Força Aérea tem de cumprir a sua missão. E, depois, em função dos meios disponíveis pode fazer também as evacuações médicas. O protocolo foi cumprido”, defendeu.
Fonte: Rádio Renascença