Nelson Mandela, o ídolo reverenciado da luta anti-apartheid sul-africana e uma das mais imponentes figuras políticas do século XX, morreu hoje, aos 95 anos, disse o Presidente da África do Sul, Jacob Zuma. “Ele está agora a descansar (…). Ele está agora em paz”, afirmou Zumba, com ar sombrio, ao comunicar o falecimento de Mandela, em sua casa, durante uma intervenção televisiva. “A nossa nação perdeu o maior dos seus filhos”, acrescentou.
“O nosso querido Madiba vai ter um funeral de Estado”, pormenorizou, anunciando que a bandeira sul-africana vai estar a meia-haste a partir de sexta-feira e até às suas exéquias.
Durante o dia de hoje, familiares e amigos de Nelson Mandela tinham-se reunido em Joanesburgo, na casa onde o antigo Presidente sul-africano estava a receber cuidados intensivos. Sabia-se que se encontrava em estado crítico.
O movimento de familiares, amigos, políticos e outras personalidades sul-africanas deixava antever que a situação era crítica. A razão das visitas mais numerosas do que o habitual não foi comunicada, mas o que é facto é que aconteceu dois dias depois da filha mais velha de Mandela ter dito pela primeira vez que o herói da luta anti-apartheid estava no leito de morte.
Nelson Mandela encontrava-se em estado crítico há mais de cinco meses, depois de mais um longo internamento hospitalar.
O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela dedicou a vida à luta contra a discriminação racial e contra as injustiças sobre a população negra. “Não há caminho fácil para a liberdade”, afirmava.
Um dos políticos mais conhecidos e respeitados do mundo, Mandela, também conhecido como Madiba, esteve preso 28 anos (1962-1990), acusado de sabotagem e luta armada contra o governo racista da África do Sul e, em 1994, tornou-se no primeiro presidente negro do país, eleito nas primeiras eleições livres e multirraciais.
Reuters/SIC